Por: Thales de Menezes
Wagner Moura foi à CCXP 24 nesta sexta (6) para receber o prêmio de Homenageado do Ano. Em rara aparição em um evento brasileiro, ele disse nunca ter visitado uma CCXP e que não tinha noção do tamanho atual da festa. “Ser homenageado aqui é massa!”.
O que aconteceu
Premiado pelo conjunto de sua carreira, dentro e principalmente fora do Brasil, ele encerra o ano com o sucesso mundial do thriller catastrófico “Guerra Civil”. E disse estar feliz por ter passado um bom tempo no país nesta temporada, rodando “O Agente Secreto”, do diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho (“Bacurau”).
A descontração deu as caras logo no início do encontro do ator com os jornalistas. Ao ser perguntado sobre qual personagem ainda gostaria de interpretar, foi interrompido pela amiga Alice Braga, que o acompanhava: “Lobisomem!”, berrou a atriz. E ele foi atrás. “Eu gostaria mesmo de fazer um lobisomem. Não é nem pelo gênero do terror. Puxa, um homem amaldiçoado a ponto de virar uma besta e matar até as pessoas que ele ama!”
Moura continuou rebatendo tudo com muito bom humor. Quando perguntado qual personagem gostaria de fazer novamente, entre Capitão Nascimento ou Pablo Escobar, foi taxativo: “Nenhum! Foram personagens muito importantes para mim, mas ficaram ali atrás.”
Disse que escolhe seus trabalhos pensando naqueles que possam fazer com que ele aprenda um pouco mais sobre ele mesmo. Ressaltou a importância de trabalhar no que gosta. “Eu tenho esse desejo que todo mundo possa ganhar o seu dinheiro fazendo o que gosta. Que as pessoas parem de ter de trabalhar só pela sobrevivência.”
Sobre preferir fazer filmes em português, algo que ficou praticamente uma década sem conseguir antes de “O Agente Secreto”, afirmou que gravando em inglês sente que está falando “com um filtro”. “Eu sei falar inglês, mas a minha humanidade, no fundo, fala em baiano.” Para ele, “fazer um filme no Brasil foi bom porque estava atuando em português, filmando no Nordeste, e em Recife, cidade muito importante na minha carreira no teatro, e com o Kleber, um amigo que fiz encontrando nos festivais. Ele é jovem, mas é um mestre, sabe tudo de cinema.”
Afirmou que a arte é política, seus filmes são sempre engajados e que até uma comédia despretensiosa pode levar a uma reflexão. Moura declarou ter orgulho de “Ainda Estou Aqui”, com Fernanda Torres, ter sucesso “falando daquele assunto, falando daquela maneira”.
“E isso depois de um tempo recente em que fomos tratados como vilões, como ladrões de leis de incentivo. Tenho muito orgulho da arte!”
Wagner Moura
Depois do encontro com os jornalistas, Wagner Moura foi ao palco Thunder receber oficialmente seu prêmio e ser ovacionado loucamente pela plateia que lotava o espaço. Uma consagração!
Nessa celebração, uma surpresa. Entre vários amigos que apareceram no telão enviando elogios a Wagner Moura, o diretor Kleber Mendonça Filho exibiu em primeira mão um teaser com making of e algumas cenas de “O Agente Secreto”, que estreia em 2025.
Redação com Uol/ Splash
Compartilhe