
Um homem australiano de 40 anos sobreviveu mais de 100 dias com um coração artificial de titânio. Ele foi o primeiro a viver tanto tempo com o dispositivo ‘BiVACOR’, que ainda está em testes e ajudará pacientes à espera de um transplante.
Um homem australiano de aproximadamente 40 anos se tornou a primeira pessoa a deixar um hospital e sobreviver mais de 100 dias com um coração artificial feito de titânio. O dispositivo, que ainda está em fase de testes, será usado como medida temporária para pessoas com insuficiência cardíaca que estão esperando por um coração de doador.
A informação foi divulgada por uma das revistas científicas internacionais mais respeitadas do meio, a Nature. O homem, cujo nome não foi divulgado, viveu com o dispositivo, conhecido como “BiVACOR”, por mais de três meses até receber um coração humano doado. Ele continua em recuperação no St Vincent’s Hospital Sydney, na Austrália.
Ele é a sexta pessoa no mundo a receber o coração artificial, mas o primeiro a viver um período tão longo com o dispositivo. O resultado inédito está sendo celebrado na comunidade médica, pois, segundo os pesquisadores, ajudará a entender como o paciente lidará com o dispositivo no mundo real.
À revista, a cirurgiã vascular da Universidade de Sydney Sarah Aitken classificou a conquista como “incrivelmente inovadora”, mas ponderou que ainda estão sem respostas questões como o nível da qualidade de vida do paciente e o custo final do dispositivo.
“Esse tipo de pesquisa é realmente desafiadora de se fazer, pois é muito caro e a cirurgia envolvida é de altíssimo risco”, explicou.
Apesar de ser usado como uma opção temporária, há cardiologias que acreditam que a alternativa possa se tornar algo permanente para pessoas não elegíveis para transplantes por vários motivos, como a idade ou outras condições de saúde. No entanto, testes ainda são necessários.
Redação com Terra