O ex-presidente do Equador, Rafael Correa, denunciou nesta segunda-feira (14) por meio da rede social X uma “megafraude” no segundo turno das eleições presidenciais do país, após a divulgação de resultados que, segundo ele, indicam uma manipulação grosseira dos votos. Correa se dirigiu diretamente ao povo equatoriano com duras críticas ao processo eleitoral.
“Povo equatoriano: vocês sabem que, diferentemente dos nossos adversários, sempre aceitamos a vitória do oponente quando ela é justa. Desta vez NÃO é”, escreveu Correa. “Estatisticamente o resultado é IMPOSSÍVEL. Luisa teria praticamente o mesmo número de votos do primeiro turno. Eles cometeram uma megafraude, mas cometeram um erro: foram longe demais.”
A denúncia de Correa — que vive na Bélgica e é o principal líder da Revolução Cidadã, movimento de esquerda no país — ecoa entre seus apoiadores, que também questionam o resultado eleitoral. Candidata da Revolução Cidadã, Luisa era apontada por diversas pesquisas como favorita, mas acabou sendo superada por uma diferença considerada suspeita pelo ex-presidente.
Apesar da gravidade das acusações, até o momento, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador não se pronunciou oficialmente sobre os questionamentos de Correa. A oposição ao correísmo, por sua vez, afirma que o processo transcorreu com normalidade e dentro dos parâmetros legais.
Especialistas em estatística e direito eleitoral consultados por veículos locais também demonstraram surpresa com os números, mas ressaltam a necessidade de análise técnica rigorosa antes de qualquer juízo definitivo.
As declarações de Correa ocorrem em um momento de forte tensão política no Equador, que atravessa uma crise de violência, instabilidade institucional e desconfiança nas instituições. O ex-presidente, que governou o país entre 2007 e 2017, mantém forte influência política e segue sendo uma das figuras mais populares do país.
Nas redes sociais, a frase final de sua denúncia repercutiu entre apoiadores: “Até a vitória sempre!” — um lema histórico da esquerda latino-americana, que agora reaparece como palavra de ordem em um momento de contestação eleitoral.
Caso surjam mais evidências sobre as alegadas fraudes, analistas preveem que o pleito poderá ser judicializado, o que agravaria ainda mais o cenário político equatoriano.

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