O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), se livrou das investigações sobre “rachadinhas” por influência do ministro João Otávio Noronha no Superior Tribunal de Justiça (STJ), saiu em defesa de Fernando Collor de Mello (PRD-AL), que foi preso na manhã desta sexta-feira (25) quase dois anos após ser condenado a oito anos e 10 meses de prisão, em regime inicialmente fechado de 90 dias, em um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na BR Distribuidora.
Em publicação na rede X, o filho “01” de Jair Bolsonaro (PL) afirmou que Collor “foi vítima de mais um ato de ódio de Alexandre de Moraes contra Bolsonaro”.
“Ao negar monocraticamente o segundo embargos da defesa de Collor, alegando sê-lo “protelatório” (o que não é o caso), Alexandre cerceia ilegalmente a defesa e mostra exatamente como pretende fazer quando Bolsonaro for recorrer da decisão que o condenará (jogo de cartas marcadas)”, disse o senador, escancarando o pânico instalado no clã com a prisão de Collor.
Entenda
A prisão de Collor acendeu um alerta vermelho no bolsonarismo, que já vê prazo para que Bolsonaro vá para a cadeia após a muito provável condenação por tentativa de golpe de Estado.
A determinação de Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para cumprimento da pena por corrupção e lavagem de dinheiro, divulgada na noite desta quinta-feira (24) já havia causado pânico entre aliados próximos que acompanham o julgamento de Bolsonaro.
Segundo interlocutores ouvidos por Malu Gaspar, no jornal O Globo, a ação de Moraes sobre Collor mostra que o ministro do STF deve dar um desfecho rápido no julgamento da organização criminosa golpista.
A avaliação é que o ministro não vai tolerar recursos para protelar o cumprimento da sentença, como tentou a defesa de Collor. Esses aliados já estimam inclusive uma data para que Moraes determine a prisão de Bolsonaro.
Collor foi condenado em maior de 2023 a oito anos e 10 meses de prisão, em regime inicialmente fechado de 90 dias, em um esquema de corrupção na BR Distribuidora. Desde então, os advogados entram com recursos para tentar adiar o cumprimento da sentença. Mas, Moraes deu um basta na noite desta quinta.
“O caráter procrastinatório do recurso pode e deve ser reconhecido monocraticamente pelo ministro relator, o qual tem competência também para determinar a certificação do trânsito em julgado e o imediato cumprimento da pena”, escreveu Moraes, determinando a prisão antes da análise dos recursos pelo plenário.
Nas contas dos aliados de Bolsonaro, o ministro deve repetir a dose a partir de outubro, quando está estimado o fim do julgamento pela primeira turma do STF.
Caso condenado, a defesa de Bolsonaro deve apresentar embargos para contestar a decisão até dezembro. Mas, Moraes pode determinar a prisão de Bolsonaro logo após o julgamento da primeira leva de recursos, o que deve acontecer entre dezembro de 2026 e janeiro de 2026, colocando Bolsonaro na prisão antes do julgamento de novos recursos.
Redação com Revista Fórum
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