Por Otávio Rosso
Após determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Petrobras retomou dois dos seus principais projetos de refino: o Complexo de Energias Boaventura, antigo Comperj, no Rio de Janeiro, e a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. A decisão marca um reposicionamento da estatal na cadeia produtiva de combustíveis e pode gerar milhares de empregos nos próximos anos. As informações são do blog O Cafezinho.
No Comperj, a expectativa é de gerar cerca de 10 mil empregos, com o início da mobilização previsto até o fim deste ano. A unidade terá capacidade para processar diariamente 75 mil barris de diesel, 20 mil barris de querosene de aviação e 12 mil barris de óleos lubrificantes. Abandonado durante o governo Bolsonaro (PL), o projeto voltou ao plano estratégico da Petrobras e tem previsão de começar a operar em 2028.
Na Refinaria Abreu e Lima, que já consome investimentos da ordem de US$ 18 bilhões (cerca de R$ 100 bilhões), a Petrobras concluiu a licitação de três pacotes de obras, orçados em R$ 4,9 bilhões. Todos foram vencidos pela Consag, do grupo Andrade Gutierrez, em um novo modelo de concorrência que premiou o maior desconto sobre orçamentos previamente abertos. Uma licitação anterior foi cancelada por apresentar valores acima do esperado.
A refinaria, localizada em Ipojuca (PE), deverá dobrar sua capacidade atual de produção — de 130 mil para 260 mil barris por dia — com a conclusão da segunda unidade de refino, considerada essencial para ampliar a oferta nacional de combustíveis e reduzir a dependência externa.
No caso do Comperj, o processo de contratação ainda está em fase de negociação com os consórcios classificados. Três grupos disputam os seis pacotes de obras principais. São eles: Heftos (grupo Azevedo Travassos) com Colares e Linhares; Montos com LCD Engenharia; e Tenenge (grupo Odebrecht) com EGTC (grupo Queiroz Galvão) e EBC (Empresa Brasileira de Construção).
A retomada dos projetos está alinhada à estratégia da nova gestão da Petrobras de reindustrializar o parque de refino do país. A decisão foi aprovada pelo conselho da companhia em novembro de 2023, ainda sob a presidência de Jean Paul Prates, e as primeiras licitações foram abertas em maio de 2024.
Fonte: Brasil 247
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