Por Henrique Rodrigues
Carlos Lupi (PDT) anunciou nesta sexta-feira (2) sua saída do comando do Ministério da Previdência Social, posto que ocupava havia dois anos e quatro meses, desde o início do atual governo. A decisão vem após uma crise provocada pela revelação de um esquema de fraudes e desvio de recursos envolvendo aposentadorias e pensões no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em que pese o fato de o trambique criminoso ter começado ainda no primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Por meio de uma rede social, Lupi informou: “Entrego, na tarde desta sexta-feira (02), a função de Ministro da Previdência Social ao Presidente Lula, a quem agradeço pela confiança e pela oportunidade”
Apesar da crise, Lupi reforçou que não foi citado nas apurações e rejeitou qualquer relação com as irregularidades. Segundo ele, sua decisão busca preservar o governo e o funcionamento do ministério.
“Tomo esta decisão com a certeza de que meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso, que apuram possíveis irregularidades no INSS. Faço questão de destacar que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula”, afirmou o ex-ministro.
A situação de Lupi se agravou mesmo diante do risco de o PDT, partido do qual é presidente licenciado, romper com a base do governo no Congresso, considerada frágil e dependente do apoio de partidos do Centrão.
Novo ministro será Wolney Queiroz
O sucessor imediato será o ex-deputado Wolney Queiroz, que exercia a função de número 2 da pasta. A troca ocorre em meio à tentativa do governo de conter os danos políticos provocados pelas investigações.
Repercussões e medidas do governo
O caso também provocou mudanças na chefia do INSS. Alessandro Stefanutto, indicado por Lupi para a presidência do instituto, foi demitido na semana anterior. Em pronunciamento no Dia do Trabalhador, Lula declarou que determinou à Advocacia-Geral da União (AGU) que processe as associações responsáveis por cobranças indevidas e que garanta o ressarcimento às vítimas.
“Determinei à Advocacia-Geral da União que as associações que praticaram cobranças ilegais sejam processadas e obrigadas a ressarcir as pessoas que foram lesadas”, afirmou o presidente.
Redação com Revista Fórum
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