Por: Eduarda Esteves
A Índia realizou bombardeios com mísseis contra nove locais na região da Caxemira, no Paquistão, hoje. O governo paquistanês relatou que pelo menos três pessoas morreram e 12 ficaram feridas.
O que aconteceu
Forças Armadas da Índia assumiram autoria do ataque. “Há pouco, as Forças Armadas indianas lançaram a Operação Sindoor, atingindo infraestruturas terroristas no Paquistão, em Jammu e Caxemira, áreas indianas ocupadas pelo Paquistão, de onde ataques terroristas contra a Índia foram planejados e direcionados”, diz comunicado enviado à imprensa pelo governo indiano.
Explosões foram ouvidas em diversas regiões do país. Na cidade de Muzaffarabad, capital da Caxemira paquistanesa, testemunhas relataram à Reuters que houve um corte de energia.
Instalações militares no Paquistão não foram alvo do ataque. Segundo comunicado do governo indiano, as ações “foram focadas, comedidas e não escalonadas por natureza”. “Nenhuma instalação militar paquistanesa foi alvo. A Índia demonstrou considerável contenção na seleção de alvos e no método de execução”, diz o governo.
Represália por atentado cometido na Caxemira indiana. No dia 22 de abril, ao menos 26 pessoas morreram na cidade turística de Pahalgam, na parte da Caxemira administrada pela Índia. Homens armados abriram fogo contra turistas.
Autoridades indianas chamaram de o pior ataque contra civis em anos. Embora o atentado não tenha sido reivindicado, Nova Delhi acusou Islamabad, que negou categoricamente qualquer envolvimento. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pela ação.
Paquistão diz que vai responder ao ataque. O porta-voz do exército paquistanês, o tenente-general Ahmed Chaudhry, declarou que as Forças Armadas responderiam “no momento” que “escolhessem”, ao anunciar que os bombardeios indianos haviam atingido “três regiões”.
Em uma publicação no X, o primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, condenou o ataque. Ele classificou o atentado como um “ato de guerra”. “O Paquistão tem todo o direito de dar uma resposta adequada a este ato de guerra imposto pela Índia, e uma resposta adequada está sendo dada”, afirmou Sharif.
Índia declarou ‘guerra da água’ ao Paquistão
A Índia vai “cortar a água” dos rios que nascem em seu território e passam pelo Paquistão. O governo indiano anunciou a suspensão de sua participação em um tratado de compartilhamento de recursos hídricos assinado em 1960 com o Paquistão, como resposta ao ataque ocorrido em 22 de abril.
“A água que pertence à Índia e que até agora fluía para fora será retida para servir aos interesses da Índia e será utilizada dentro do país”, declarou o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, em um discurso público.
Horas antes da declaração de Modi, o Paquistão já havia acusado a Índia de alterar o fluxo do rio Chenab. “Notamos mudanças no Chenab que não tem nada de natural […] O fluxo normal do rio foi consideravelmente reduzido de um dia para o outro”, disse à AFP Kazim Pirzada, ministro da Irrigação da província paquistanesa do Punjab, que faz fronteira com a Índia.
O tratado foi assinado em 1960. O acordo estabelece que ambos os países compartilhem o controle da bacia de seis rios da Caxemira, que se unem mais adiante formando o rio Indo, no território paquistanês. Com a decisão unilateral da Índia de suspender o pacto, o Paquistão advertiu que qualquer tentativa de modificar o fluxo desses rios será considerada “um ato de guerra”.
Redação com Uol
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