A família do adolescente Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, tem uma reunião agendada para esta terça-feira (13), com o promotor João de Sá Bomfim Filho, da 4ª Promotoria de Justiça de Palmeira dos Índios.
De acordo com o que apurou o Portal Todo Segundo, o encontro visa discutir o andamento das investigações que envolvem a morte do adolescente. Acompanhados de seu advogado, os parentes buscam mais informações sobre os desdobramentos do caso e a apuração das circunstâncias que levaram à sua morte, durante uma ação da Polícia Militar.
Gabriel foi baleado na noite de sábado, 3 de maio, no bairro Vila Maria, em Palmeira dos Índios, após uma perseguição da Polícia Militar. A versão apresentada pelos policiais afirma que o adolescente estava realizando manobras perigosas com uma moto e não atendeu à ordem de parada, iniciando uma fuga.
Durante a perseguição, segundo os militares, Gabriel teria sacado um revólver calibre .38 e disparado contra a guarnição, que então reagiu. O jovem foi atingido, socorrido pelos próprios policiais e levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, mas não resistiu aos ferimentos.
No entanto, a família de Gabriel nega a versão apresentada pelos policiais. De acordo com seus familiares, Gabriel não estava armado no momento da abordagem e a reação da polícia teria sido desproporcional.
A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da morte de Gabriel, e uma comissão especial, composta por três delegados, foi designada para conduzir as investigações. O caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público, com o objetivo de garantir a transparência e a legalidade das apurações.
Durante as investigações, a Polícia Científica realizou exame residuográfico no corpo do adolescente para verificar a presença de resíduos de pólvora, o que poderia indicar se Gabriel teria manuseado uma arma de fogo.
A arma apresentada, segundo os militares como sendo de posse do jovem, um revólver calibre .38, não possui registro no Sistema Nacional de Armas da Polícia Federal, o que levanta questionamentos sobre sua origem.
Além disso, a Polícia Civil solicitou à Prefeitura de Palmeira imagens do sistema de videomonitoramento da cidade, a fim de auxiliar na elucidação dos fatos. No entanto, o delegado Alexandre Leite que preside a comissão responsável pelo caso informou que o local onde Gabriel foi baleado não possui câmeras de segurança, o que dificulta a obtenção de registros visuais da ocorrência.
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