Tropas de Israel abordaram o iate Madleen, que transportava ajuda humanitária e tinha a ativista climática Greta Thunberg e o ativista brasileiro  Thiago Ávila a bordo, enquanto navegava em águas internacionais próximas à costa egípcia da Faixa de Gaza.

Em vídeo Greta Thunberg afirma: “Se você vir este vídeo, fomos interceptados e sequestrados pelos militares israelenses”.

O brasileiro Thiago Ávila escreveu em sua rede social: “Precisamos do seu apoio para garantir a segurança dos voluntários que estavam no barco e aumentar a pressão para romper o cerco ilegal a Gaza.”

Segundo a Freedom Flotilla Coalition(FFC), “a conexão foi perdida” com o navio, e uma foto e vídeo divulgados pelo grupo mostra passageiros em coletes salva-vidas sentados, com as mãos erguidas sendo abordados.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou que o iate foi “recebido em segurança nas costas de Israel” e que os passageiros “deveriam retornar aos seus países de origem”.

Em publicação no X, o ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou ter instruído as Forças de Defesa de Israel(IDF) a impedir que a “flotilha de ódio ‘Madleen’ chegue às costas de Gaza” e a tomar “todas as medidas necessárias” para manter o bloqueio, vigente desde 2007, que, segundo ele, visa “impedir a transferência de armas para o Hamas ”.

Posicionamento dos ativistas

A FFC argumenta que o bloqueio marítimo é ilegal e classificou a declaração de Katz como “ameaça de uso ilegal da força contra civis” para “justificar essa violência com difamações”.

A organização declarou: “Não seremos intimidados. O mundo está assistindo”.

O grupo destaca que o Madleen, que partiu da Sicília na sexta-feira (06), estava carregando arroz e leite em pó para bebês, além de voluntários de Brasil, França, Alemanha, Holanda, Espanha, Suécia e Turquia.

Contexto do bloqueio e ajuda em Gaza

Israel mantém desde outubro de 2023 um bloqueio terrestre e naval à Faixa de Gaza, após ataque do Hamas que resultou em cerca de 1.200 mortes em Israel.

Em 2010, uma ação semelhante contra o navio turco Mavi Marmara deixou 10 mortos.

Recentemente, Israel passou a autorizar ajuda limitada, com mais de 1.200 caminhões entrando em Gaza e a Fundação Humanitária de Gaza distribuindo cerca de 11 milhões de refeições, segundo o Ministério das Relações Exteriores de Israel.

O alto comissário de direitos humanos da ONU, Volker Türk, alertou que a população enfrenta “a mais sombria das escolhas: morrer de fome ou arriscar a própria vida para buscar comida”.

Redação com IG

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