Durante a entrevista, transmitida brevemente pela GloboNews, Chacra questionou diretamente o embaixador: “Embaixador, o mundo estava mais seguro quando Obama fez acordo com o Irã e agora isso foi sabotado por Israel e Trump?”. Em outro momento, o jornalista insistiu: “Por que Israel tem bomba atômica enquanto o Irã não?”. Os questionamentos foram considerados por muitos como tecnicamente sólidos e pertinentes diante do cenário geopolítico do Oriente Médio, mas desapareceram rapidamente das plataformas da emissora, sem qualquer explicação oficial.
Reação imediata nas redes e entre analistas
A retirada do vídeo provocou forte reação do público e de especialistas. Usuários do X acusaram a GloboNews de censura e silenciamento, sobretudo diante de uma entrevista que abordava temas sensíveis como o Tratado de Não-Proliferação Nuclear e a legitimidade de ataques militares contra civis. Uma publicação bastante compartilhada acusava a emissora de ter “acabado com o vídeo” após o jornalista “subir o tom” com o diplomata israelense.
Temas abordados por Guga Chacra desafiam discursos dominantes
A entrevista tratava de pontos delicados da política internacional, incluindo:
- O abandono do acordo nuclear com o Irã, firmado durante o governo do presidente Barack Obama e encerrado posteriormente pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com apoio tácito ou explícito de Israel;
- A existência de armas nucleares em posse de Israel, país que não é signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, em contraste com o Irã, que é signatário;
- O uso da força militar por Israel, especialmente em bombardeios recentes contra alvos iranianos e em territórios civis, cuja justificativa seria a “segurança nacional”, mas que levanta controvérsias no campo do direito internacional humanitário.
Esses temas são amplamente debatidos por especialistas e órgãos internacionais, mas raramente aparecem com tanta contundência em entrevistas televisivas ao vivo — o que aumentou o impacto do episódio.
A GloboNews, até o momento, não ofereceu nenhuma explicação oficial para a remoção do conteúdo. Em meio às críticas, a emissora viu sua credibilidade ser colocada em xeque, acusada de ceder a interesses externos e restringir o debate público sobre temas de alta relevância internacional. Confira:

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