Anadia/AL

23 de junho de 2025

Anadia/AL, 23 de junho de 2025

Ucrânia: Ataques russos deixam mortos e feridos em Kiev; presidente ucraniano busca apoio de aliados

Ao menos nove pessoas morreram em "bombardeios em larga escala" durante a madrugada de segunda-feira (23) em Kiev, capital da Ucrânia, anunciaram as autoridades do país, que também relataram duas mortes no norte do território, onde os militares prometeram intensificar ataques contra a Rússia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, desembarcou no Reino Unido para discutir a situação com seus aliados.

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 23 de junho de 2025

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Bombeiros trabalham em um prédio de apartamentos destruído após um ataque russo em Kiev, Ucrânia, na manhã de segunda-feira, 23 de junho de 2025. © AP - Efrem Lukatsky

De acordo com as autoridades ucranianas, a Rússia intensificou a ofensiva contra o país nessa nova onda de ataques. “Foram 352 drones, incluindo 159 Shaheds (drones iranianos) e 16 mísseis, incluindo projéteis balísticos produzidos pela Coreia do Norte”, informou o presidente Volodymyr Zelensky nas redes sociais.

O ministro do Interior ucraniano, Igor Klymenko, indicou que os bombardeios russos atingiram “áreas residenciais, hospitais, equipamentos esportivos (…) sem respeitar o conceito de infraestrutura civil”. No distrito de Shevchenko, a oeste da capital, “a área de um prédio residencial de vários andares foi destruída”, informou ele no Telegram.

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, anunciou um balanço de seis mortos no edifício e informou que “as operações de resgate prosseguem”.

Em um abrigo localizado no porão de um prédio residencial no centro de Kiev, dezenas de pessoas aguardavam o fim do ataque, a maioria buscando informações em seus telefones celulares.

Ataques em Bela Tserkva, uma aglomeração populacional ao sul de Kiev, mataram uma pessoa e deixaram mais de 10 feridos, ainda segundo o ministro do Interior ucraniano.

No norte da Ucrânia, em Chernihiv, duas pessoas morreram e 10 ficaram feridas em ataques com drones, anunciou Vyacheslav Tchaus, chefe da administração regional.

As cidades ucranianas tem sido alvos de ataques russos todas as noites, enquanto as negociações para um cessar-fogo estão paralisadas.

Rússia confirma “ataques a alvos militares”

A Rússia confirmou nesta segunda-feira ter atingido alvos militares na Ucrânia em ataques noturnos que fizeram vítimas em Kiev e na região. “Na noite passada, as Forças Armadas da Federação Russa lançaram um ataque combinado usando armas de alta precisão e drones de ataque contra empresas do complexo militar-industrial ucraniano na região de Kiev”, afirmou o Ministério da Defesa russo, em um comunicado.

De acordo com a mesma fonte, os ataques russos tiveram como alvo “a infraestrutura de um aeródromo militar, além de (…) armas navais ucranianas”. “Todos os alvos designados foram atingidos”, acrescentou o Ministério da Defesa.

Já na região de Rostov, no sul do território russo, um ataque com drones ucranianos nesta segunda-feira “provocou um incêndio em uma empresa industrial no distrito de Kamensky”, informou o governador regional, Yuri Sliusar, no Telegram.

O comandante-chefe do Exército ucraniano, Oleksandr Syrsky, declarou no sábado (21) que a Ucrânia intensificaria os ataques contra alvos militares russos.

Zelensky no Reino Unido

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, desembarcou no Reino Unido esta manhã para uma reunião com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer. “Várias reuniões estão planejadas, com o primeiro-ministro e no Parlamento”, disse à AFP uma fonte ligada à delegação ucraniana.

“Hoje, durante minha visita ao Reino Unido, discutirei precisamente essa questão com nossos parceiros, a da nossa defesa”, disse Zelensky em sua conta no X. “Também negociaremos novas medidas enérgicas para aumentar a pressão sobre a Rússia nesta guerra e pôr fim aos ataques.”

As forças russas ocupam atualmente quase 20% da Ucrânia e Moscou reivindica a anexação de quatro regiões ucranianas, além da península da Crimeia, conquistada em 2014.

No campo diplomático, Kiev manifestou apoio, domingo, aos bombardeios dos Estados Unidos e de Israel contra instalações nucleares no Irã, por considerar que foram consequência de “ações agressivas” das autoridades iranianas.

A Ucrânia considera que a República Islâmica é “cúmplice” da invasão russa e que está prestando “assistência militar” a Moscou, incluindo drones usados para bombardear o território ucraniano.

Fonte: RFI

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