Por Ivan longo
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ao liderar uma aliança entre o centrão e bolsonaristas para “sangrar” o governo Lula, proteger os ricaços e pavimentar caminho para a candidatura de Tarcísio Gomes de Freitas à presidência em 2026, deu um “tiro no pé” e agora está sendo alvo de exposição e críticas nas redes sociais.
Na noite desta terça-feira (1), após o governo Lula, através da Advocacia-Geral da União (AGU), ajuizar no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação para anular a votação da Câmara que derrubou o decreto que alterava a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), a hashtag #HugoMottaTraidor explodiu no X (antigo Twitter) e passou a figurar na lista de assuntos mais comentados do momento.
Motta e seu grupo político, o centrão, se aliou à extrema direita no Congresso Nacional para “sangrar” o governo com medidas que impediriam os bilionários de pagar mais impostos. Na prática, ao anular o aumento do IOF previsto no decreto de Lula, o Congresso impede a tributação dos mais ricos e empurra o governo a buscar alternativas para fechar as contas públicas e cumprir o arcabouço fiscal – o que pode significar cortes em áreas sociais.
Segundo ministros próximos, Lula ficou especialmente irritado com a postura de Hugo Motta, que anunciou a votação da derrubada do decreto de última hora, ignorou apelos de lideranças governistas e não atendeu ligações da ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com quem havia se reunido horas antes e se comprometido a não votar o projeto que derrubaria o aumento do IOF. Não à toa, Motta vem sendo chamado de “traidor” por integrantes do governo e usuários das redes sociais.
Redação com Revista Fórum
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