Anadia/AL

5 de julho de 2025

Anadia/AL, 5 de julho de 2025

Israel não toma decisão sobre proposta do Hamas para negociações imediatas em prol de cessar-fogo

"Nenhuma decisão" foi tomada até o momento por Israel, após a resposta positiva do grupo Hamas, na sexta-feira (4), para negociações "imediatas" que resultem em um cessar-fogo. A afirmação foi feita por um membro do alto escalão do governo israelense neste sábado (5), sob anonimato.

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 5 de julho de 2025

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Mulher e menina palestina correm de bombardeio israelense no campo de Al-Bureij, no centro da Faixa de Gaza, em 4 de julho de 2025. AFP - EYAD BABA

Segundo as mídias israelenses, o gabinete de segurança deve se reunir na noite deste sábado, após o fim do Shabbat, dia sagrado de descanso em Israel, para decidir se aceita ou não plano elaborado pelos Estados Unidos, com a mediação do Catar e do Egito. A reunião ocorre pouco antes da viagem do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a Washington, na segunda-feira (7), onde encontrará o presidente americano, Donald Trump.

Na sexta-feira, o Hamas anunciou estar pronto para “começar imediatamente” as negociações sobre a aplicação da proposta de trégua na Faixa de Gaza. Em comunicado, o grupo indicou que entregou sua resposta “positiva” aos mediadores.

Segundo uma fonte palestina próxima das discussões, a proposta dos Estados Unidos “compreende uma trégua de 60 dias” durante a qual o Hamas libertaria metade dos reféns israelenses ainda vivos em troca da libertação de presos palestinos detidos por Israel. Por outro lado, a Jihad Islâmica, o principal movimento aliado do Hamas em Gaza, disse que apoia as negociações, mas pedindo “garantias”, principalmente sobre o mecanismo de aplicação da proposta.

Questionado sobre o anúncio do Hamas, Trump afirmou na sexta-feira não estar a par da resposta, mas manifestou sua satisfação. “Precisamos acabar com isso. É necessário que algo seja feito por Gaza”, declarou.

Ofensiva israelense continua

As manobras diplomáticas não colocam freio nas hostilidades no enclave palestino, que enfrenta uma grave crise humanitária. Quase toda a população foi deslocada internamente pela guerra, que já dura 21 meses. Nesta manhã, a Defesa Civil local anunciou 20 mortos em diferentes operações militares israelenses no território.

Segundo autoridades locais, oito pessoas foram mortas em um bombardeio que atingiu escolas na Cidade de Gaza. Já a Fundação Humanitária de Gaza (GHF), organização apoiada pelos Estados Unidos e Israel, anunciou neste sábado que dois de seus funcionários americanos ficaram feridos nesta manhã em um atentado contra um de seus centros de distribuição de ajuda em Khan Yunis, no sul do território palestino.

A GHF começou a distribuir alimentos na Faixa de Gaza em 26 de maio, depois de mais de dois meses de bloqueio israelense à entrada de toda ajuda humanitária. As operações da organização deram lugar a cenas caóticas, com o Exército de Israel disparando frequentemente para tentar conter civis desesperados por comida.

Segundo informações divulgadas pela ONU na sexta-feira, 613 pessoas morreram durante a distribuição de ajuda no enclave palestino desde o fim de maio, 509 delas perto das instalações da GHF. As Nações Unidas e ONGs de ajuda humanitária se recusam a trabalhar com a polêmica organização, alegando que ela serve a objetivos militares israelenses e viola princípios humanitários básicos.

Fonte: RFI

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