O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), está entre os cotados para compor a chapa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como vice em 2026. Seu principal concorrente é o atual vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), que conta com a preferência do Planalto. A informação foi publicada nesta sexta-feira (25) pela jornalista Vera Rosa, do jornal O Estado de S. Paulo.
As articulações ocorreram durante um almoço na última quarta-feira (23), no Palácio da Alvorada, com a presença de Lula, Alckmin, João Campos (PSB), Márcio França (PSB), Gleisi Hoffmann (PT) e Pedro Campos (PSB). Lula manifestou intenção de manter Alckmin como vice, mas avalia ceder espaço ao MDB como parte de uma estratégia para ampliar alianças políticas visando à próxima eleição.
Caso não seja indicado à vice, Renan Filho poderá disputar novamente o governo de Alagoas, cargo que já ocupou entre 2015 e 2022. A alternativa está sendo debatida junto a seu pai, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), como um plano B em meio à indefinição sobre o papel do MDB na chapa presidencial.
Lula busca atrair setores do MDB, embora avalie que o Centrão não apoiará sua candidatura. Parte do partido condiciona o apoio ao PT à indicação do vice, enquanto outra ala cogita endossar o nome de Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso o atual governador de São Paulo entre na disputa presidencial. Também há quem defenda candidatura própria do MDB.
Geraldo Alckmin ganhou protagonismo à frente do grupo que negocia alternativas ao aumento de 50% das tarifas comerciais dos Estados Unidos contra produtos brasileiros, medida que deve entrar em vigor em agosto. Ele tenta ampliar o prazo de vigência junto à Casa Branca. Caso não permaneça na vice, Alckmin pode disputar uma vaga no Senado.
Durante o encontro com João Campos, Lula também tratou de alianças estaduais para 2026. O PT apoia a reeleição do prefeito do Recife em Pernambuco e busca uma candidatura competitiva em São Paulo contra Tarcísio, que aparece bem nas pesquisas e é cotado para a Presidência, caso receba apoio de Jair Bolsonaro (PL), réu em ação no Supremo Tribunal Federal.
No campo da direita, a possível candidatura de Tarcísio ao Planalto ainda depende de aval de Bolsonaro. Caso ele não concorra, nomes como o do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), ganham força como opção alternativa entre os aliados.
Enquanto o MDB segue dividido entre diferentes cenários, Renan Filho permanece como uma das apostas do partido para compor a chapa presidencial, com Alckmin ainda sendo o nome preferido do presidente Lula para manter a coalizão entre PT e PSB.
Redação C/ Jornal de Alagoas
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