Guilherme Levorato
Durante o 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores, realizado neste domingo (3), Edinho Silva assumiu oficialmente a presidência nacional da legenda. A cerimônia de posse contou com a presença dos novos integrantes do Diretório Nacional e presidentes estaduais eleitos. Em seu discurso, o ex-prefeito de Araraquara defendeu que a principal missão do partido, neste momento, é garantir a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026 — e preparar o terreno para uma sucessão duradoura e estruturada.
“Assumimos a direção do nosso partido no momento histórico mais importante da nossa existência. Essa de fato é a eleição mais importante de nossas vidas”, declarou Edinho. Ele ressaltou que, ao contrário de pleitos anteriores, o PT precisará pensar em como conduzir seu projeto político sem a presença direta de Lula nas urnas. “Temos responsabilidade de construir o Partido dos Trabalhadores quando o presidente Lula não estiver mais nas urnas disputando o nosso projeto”.
Ao refletir sobre a trajetória do partido e os desafios enfrentados, como a crise de 2005 e a “farsa da Lava Jato”, o novo presidente reforçou a centralidade de Lula na reconstrução e fortalecimento do PT ao longo das décadas. No entanto, Edinho foi categórico ao afirmar que o futuro não deve se sustentar em nomes individuais. “Como bem disse o presidente, quero reafirmar: seu substituto não será um nome; será o Partido dos Trabalhadores”, enfatizou.
Segundo ele, o futuro da legenda depende da sua capacidade de manter organização interna e diálogo com a sociedade. “Se o PT estiver forte, estiver organizado, dialogando com a sociedade brasileira, o nome vamos construir, a liderança será construída”, completou. Ele destacou ainda que não haverá outro Lula, por se tratar de uma figura política forjada em um contexto histórico singular: “As condições históricas, quando o novo sindicalismo emergiu, os novos movimentos sociais, e a sociedade brasileira lutava pela democracia, não vão se repetir”.
O novo presidente petista defendeu também a valorização do empreendedorismo de pequeno e médio porte e políticas voltadas aos mais vulneráveis da população. Em tom enfático, concluiu com críticas à subordinação do Brasil a interesses estrangeiros, como defende o bolsonarismo: “Não admitiremos que nenhuma das nossas instituições sejam atacadas. E vamos dizer que não somos e não queremos ser um puxadinho dos Estados Unidos. Não somos e não queremos ser o quintal dos Estados Unidos. Somos um país soberano”.
A fala de Edinho marca o início de uma nova fase no comando do PT, com foco na continuidade do projeto liderado por Lula, mas já com olhos voltados para o período pós-2026.
Redação C/ Brasil 247
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