A influenciadora Vanessa, conhecida publicamente pelo apelido de “Negona do Bolsonaro”, foi citada em relatório da Polícia Federal (PF) que investiga suposta tentativa do ex-presidente Jair Bolsonaro de driblar determinações judiciais. A informação foi revelada pelo portal UOL, que destacou o papel da apoiadora na retransmissão de conteúdos enviados pelo político, proibido desde julho de manter presença em redes sociais, direta ou indiretamente.
Segundo a investigação, Bolsonaro teria recorrido a perfis de apoiadores para manter ativa sua comunicação digital. Entre eles estava Vanessa, figura de destaque no bolsonarismo carioca, que se apresenta como a “mulher 01 de Bolsonaro no Rio de Janeiro”. A PF afirma que o ex-presidente enviava vídeos e mensagens por WhatsApp para uma rede de mais de 300 destinatários considerados influentes, com a expectativa de que republicassem o material em suas plataformas.
A trajetória da apoiadora
Carioca, Vanessa consolidou-se como militante digital ao acompanhar de perto eventos e comícios de Bolsonaro, promovendo conteúdos em defesa do ex-presidente. Hoje, reúne cerca de 136 mil seguidores no Instagram e pouco mais de 130 mil no X, o que amplia sua capacidade de difusão de mensagens no campo político da extrema direita.
Durante a última corrida eleitoral, sua candidatura enfrentou um entrave no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que proibiu o uso do apelido “Negona”. A decisão classificou o termo como expressão de “conteúdo racista e preconceituoso”. Vanessa reagiu duramente: “Querem dizer que eu, uma mulher preta, sou racista contra mim mesma por me chamar de ‘negona’? Isso é uma aberração jurídica! Estão perseguindo minha candidatura”.
A conexão direta de Vanessa com a investigação surgiu em 3 de agosto, quando ela publicou no X um vídeo enviado pelo próprio Bolsonaro. Na gravação, feita em casa, o ex-presidente aparece sentado em um sofá, acompanhando manifestações de apoiadores. A legenda dizia: “Preso em casa, mas em espírito presente em todo o país. Obrigada a todos. É pela nossa liberdade”. A republicação do material por Vanessa fortalece a tese da PF de que o ex-presidente teria usado aliados para manter sua influência digital, mesmo sob restrição judicial.
Do veto judicial à prisão domiciliar
Bolsonaro foi proibido de usar redes sociais a partir de 21 de julho. A determinação também vedava a utilização de terceiros como intermediários. No início de agosto, diante da constatação de violações, a Justiça determinou sua prisão domiciliar. Nesse intervalo, segundo a PF, o ex-presidente distribuiu centenas de vídeos a figuras de confiança, entre elas Vanessa, que cumpriam o papel de retransmitir os conteúdos a um público já mobilizado.
Redação com Brasil 247
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