Desde sua chegada ao Galo, o atacante Hulk acumulou impressionantes 66 cartões amarelos, sendo 13 só nesta temporada, com dez deles por reclamações. Para Rivaldo, esse histórico é uma combinação do estilo de liderança e da imagem que o camisa 7 construiu em campo.
“Acho que todo mundo precisa entender que esse é o estilo do Hulk,” analisou o pentacampeão. “Ele luta pelo time e dá a vida dentro de campo e é muito esforçado em ganhar sempre. E por ser capitão do time durante muito tempo, sente mais autoridade de falar com o árbitro. E esse estilo mais enérgico de sempre querer falar e lutar pelo time no campo e isso leva a esses cartões.”
“Já vi muitos cartões que achei que ele não merecia, mas, como ele acaba levando cartão o tempo todo, ele fica marcado pelos juízes com um cara que reclama demais e que pode atrapalhar o trabalho do árbitro,” afirmou Rivaldo.
O embaixador da Betfair sugeriu ainda que o fato de Hulk ter expressado o desejo de não ser mais capitão pode, eventualmente, ajudar. “Se ele não for mais capitão, como disse que não gostaria mais de ser. Talvez isso melhore um pouco para ele, porque o capitão sempre vai ser o que fala mais com os juízes,” concluiu.
Rivaldo defende a ‘cavadinha’ e a personalidade de Yuri Alberto
Em outro momento de destaque na última rodada, Yuri Alberto foi duramente criticado pela torcida corintiana após desperdiçar um pênalti de cavadinha na derrota do Corinthians por 2 a 1 para o Flamengo, na Neo Química Arena. O goleiro Rossi defendeu com tranquilidade, e a ousadia do atacante não perdoada pela Fiel. Apesar disso, Yuri ainda marcou o gol de honra na partida.
“Quase sempre os goleiros escolhem um lado e por isso os jogadores tentam essa cavadinha,” explicou. “Acho que o Yuri entendeu o momento do jogo e arriscou, mas claro que ele não imaginou que o goleiro iria ficar parado. E, na minha opinião, ele pegou mal na bola e isso ajudou para que o pênalti fosse defendido.”
O pentacampeão comparou a jogada a seus próprios riscos e destacou que a cavadinha é um recurso que exige coragem e personalidade.
“Fiz isso no La Coruña e, mesmo não pegando tão bem na bola, acabou dando certo. É um risco que você tem, mas só um jogador com personalidade vai arriscar,” disse. Para Rivaldo, a crítica é amplificada pela má fase do clube. “Quando você erra, precisa assumir a responsabilidade pela cobrança… O problema é que a fase do Corinthians também não está boa, então as críticas vão chegar. E ele precisa ter personalidade para dar a volta por cima, assim como fez ao marcar um gol no jogo,” finalizou, ressaltando o gol de honra que o camisa 9 ainda conseguiu marcar.
Redação com Torcedores
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