Por: Amanda Gutierres
A atacante Amanda Gutierres entrou para a história do futebol feminino brasileiro ao se tornar a atleta mais valiosa já negociada por um clube do país.
O Palmeiras vendeu 80% dos direitos econômicos da jogadora de 24 anos ao Boston Legacy, dos Estados Unidos, por US$ 1,1 milhão — o equivalente a R$ 5,8 milhões na cotação atual. O valor coloca Amanda entre as cinco transferências mais caras do mundo na modalidade.
Transferência e comparativos internacionais
O montante pago pelo Boston Legacy é equivalente ao investimento feito pelo Chelsea, da Inglaterra, em janeiro, para contratar a zagueira norte-americana Naomi Girma, do San Diego Wave.
A negociação também prevê bonificações adicionais ao Palmeiras, que podem elevar o valor final da transferência, embora os detalhes não tenham sido divulgados.
Com isso, Amanda superou o recorde nacional anterior, de R$ 2,8 milhões, valor pago pelo Internacional, em 2024, pela atacante Priscila, adquirida do América do México. Outras transações históricas incluem a zagueira Tarciane, do Corinthians para o Houston Dash, por R$ 2,59 milhões, e transferências internacionais envolvendo Grace Geyoro e Lizbeth Ovalle.
Impacto financeiro e estratégias do Palmeiras
O diretor de Futebol Feminino do Palmeiras, Alberto Simão, afirmou que os recursos obtidos com a venda de Amanda serão aplicados em tecnologia e infraestrutura, com foco na criação de um centro de excelência para a modalidade.
“Montamos um projeto estruturado que permite investir em infraestrutura e desenvolvimento, garantindo sustentabilidade para o futebol feminino do clube”, declarou Simão.
A transferência reforça uma tendência de valorização crescente das atletas brasileiras no mercado internacional, refletindo não apenas o desempenho esportivo, mas também o potencial de marketing, visibilidade e retorno financeiro para os clubes compradores.
Perspectivas e mercado global
O Boston Legacy projeta integrar Amanda ao elenco da NWSL (Liga Nacional Feminina de Futebol) em 2026, apostando na atacante como peça estratégica tanto esportiva quanto comercialmente.
Para o Palmeiras, o negócio representa um modelo de capitalização e profissionalização que combina venda de direitos econômicos com incentivos futuros, reforçando o movimento de internacionalização do futebol feminino brasileiro e seu novo patamar de competitividade global.
Redação com Times Brasil
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