As declarações foram registradas pelo portal Metrópoles, durante entrevista concedida após uma reunião do Gabinete de Crise criado pelo governo paulista para enfrentar o surto de intoxicação. O encontro reuniu representantes das secretarias de Saúde, Segurança Pública, Justiça e Cidadania, Desenvolvimento Econômico e Fazenda, além de executivos das principais fabricantes de bebidas, como Brown-Forman (Jack Daniel’s), Bacardi, Diageo (Johnnie Walker e Smirnoff), Pernod Ricard (Absolut) e Beam Suntory (Jim Beam).
Governador ironiza falsificação em meio à tragédia
Ao comentar a mobilização de empresas do setor para combater a falsificação, Tarcísio afirmou que o tema não faz parte do seu cotidiano. “Estavam aqui os fabricantes — todos os maiores players do Brasil. Fabricam as bebidas mais famosas, que são objeto de falsificação”, disse. Em seguida, completou: “Não vou me aventurar nessa área, porque não é minha praia. No dia que começarem a falsificar Coca-Cola, eu vou me preocupar. Ainda bem que ainda não chegaram a esse ponto.”
As falas do governador ocorreram em um momento de forte preocupação nacional. Desde o fim de setembro, o país enfrenta um surto de intoxicações por metanol, um composto químico altamente tóxico, usado de forma irregular na adulteração de bebidas alcoólicas.
Casos e mortes em investigação
Segundo o Ministério da Saúde, até domingo (5/10), o Brasil contabilizava 225 casos de intoxicação por metanol, entre confirmados e suspeitos, em 12 estados. Desses, 192 ocorreram em São Paulo, sendo 14 confirmados e 178 em análise. O estado também concentra nove mortes, duas delas na capital, duas em São Bernardo do Campo e uma em Cajuru, no interior paulista.
Apesar de o crime organizado ser uma das linhas de investigação da Polícia Federal, Tarcísio negou qualquer evidência de envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos casos. “Não há indícios que apontem nessa direção”, disse o governador.
Redação com Brasil 247
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