O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a atacar o atual patamar da taxa Selic e afirmou que a recente perda de força da inflação permite que os juros caiam. Ele prevê que a queda deve acontecer mesmo com a pressão das instituições financeiras sobre o BC (Banco Central) para a manutenção da taxa no maior patamar em quase 20 anos.
O que aconteceu
Haddad defendeu a queda da taxa de juros da economia nacional. O ministro criticou a manutenção da taxa Selic em 15% ao ano no momento de desaceleração da inflação. “Por mais pressão que os bancos façam sobre o Banco Central, [as taxas de juros] vão ter que cair. Não tem como sustentar 10% de juro real”, disse durante apresentação na abertura do Bloomberg Green Summit, em São Paulo.
Ele também afirmou que a inflação fechará 2025 dentro da meta. A percepção de que o processo para reduzir os juros já poderia ser iniciado é baseada na previsão de que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) voltará ao intervalo de tolerância de 4,5% definido pela CMN (Conselho Monetário Nacional) para o período acumulado em 12 meses. “Diziam que a inflação iria voltar para a banda da meta em 2027.
Ministro lamentou as estimativas pessimistas para a economia. Haddad recordou os erros recentes das expectativas do mercado financeiro a respeito de diferentes indicadores. “Eu me lembro que no início deste ano tinha um analista dizendo que o dólar ia chagar a R$ 7, R$ 7,20, R$ 7,30 ou R$ 7,50. O dólar está R$ 5,40 e se passaram apenas cinco meses após as previsões catastróficas que fizeram sobre a questão fiscal, sobre o dólar e sobre a inflação.”
Redação com Uol

















