Por: Michelle Valente
O som vindo da mata ecoou como um pedido de socorro. Assim começou um dos momentos mais marcantes do sexto dia da COP30, em Belém, durante a Marcha Mundial pelo Clima, realizada fora do Parque da Cidade, onde ocorre o evento oficial.
A manifestação tomou as ruas da capital paraense na manhã deste sábado (15), com concentração no Mercado de São Brás. Integrando a programação da Cúpula dos Povos, o ato reuniu movimentos sociais que defendem justiça climática, preservação da Amazônia e uma transição energética justa.
Segundo a organização, mais de 30 mil pessoas participaram da marcha, incluindo povos indígenas, quilombolas, jovens, trabalhadores, coletivos urbanos e ativistas internacionais.
Durante o ato, lideranças indígenas reforçaram o pedido por proteção às florestas e respeito aos territórios tradicionais.
“Nós pedimos às autoridades que nos ajudem a preservar o povo Kayapó”, destacou ao iG o líder Bepdja Kayapó.
Já Nhakngyre Kayapó, liderança feminina, reforçou a necessidade de que as mensagens do ato cheguem aos tomadores de decisão.
“Eu, como liderança mulher, quero pedir que esse vídeo chegue até às autoridades. A nossa floresta é onde tem o ar puro e temos que preservar”, disse.
Representantes de diferentes povos também denunciaram a violência contra defensores da floresta e o avanço de projetos que impactam rios, terras indígenas e modos de vida tradicionais.

O líder indígena Isaías Munduruku reforçou a importância da consulta prévia às comunidades.
“Nós gostaríamos de mostrar ao mundo a importância de preservar as nossas florestas e que temos que ser consultados antes de tomarem decisões por nós e sobre nossas terras”, disse ao iG.
Mobilização por justiça climática
Durante todo o percurso, manifestantes exibiram faixas cobrando compromissos concretos de governos e empresas para conter os impactos da emergência climática na Amazônia.
A Marcha Mundial pelo Clima encerrou o dia de mobilização da Cúpula dos Povos reforçando um recado central: para os manifestantes, sem justiça ambiental, não há justiça social, e proteger a Amazônia é indispensável para enfrentar a crise climática global.
ABN C/ IG

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