
Por Plínio Teodoro
Em live na noite deste domingo (23), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sinalizou uma ação pró candidatura Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) à Presidência ao analisar a decisão de Alexandre de Moraes para decretar a prisão preventiva do pai, Jair Bolsonaro (PL-SP), por violação da tornozeleira eletrônica em um possível plano de fuga.
No início de novembro, também em live, Eduardo classificou Tarcísio como “candidato do sistema” ressaltando que o ex-ministro de seu pai e atual governador de São Paulo “é o cara que o Moraes quer, que gostaria que fosse eleito, porque ele ainda viria com apoio de Jair Bolsonaro”.
Neste domingo, Eduardo lembrou que Tarcísio indicou para a Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo o procurador Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, que foi indicado ao cargo por Moraes.
“Chefe” do Ministério Público paulista, Costa classificou como “absurdo” a sanção a Moraes pela Lei Magnitsky e, segundo Eduardo, teria desengavetado casos envolvendo Eduardo Tagliaferro, ex-assessor Tribunal Superior Eleitoral que fugiu para a Itália após virar alvo de ação pelo vazamento de mensagens críticas ao ministro, que presidiu a corte.
“PGJ de São Paulo, Procurador Geral de Justiça, é o equivalente ao PGR para o Brasil. Então, o PGR Gonet está para o Brasil, assim como o PGJ de São Paulo está para o Estado de São Paulo. Aí eu pergunto para vocês: vamos eleger um presidente verdadeiramente de direita? Aí é eleito uma pessoa de direita – esqueça o Tarcísio, tá? Falando aqui em hipóteses. Eleita uma pessoa que coloca ali de PGR o indicado do Moraes, olha que maravilha”, segue Eduardo.
Mais adiante, o filho “02” fala que a prisão do pai pode atingir a pretensão dele próprio e do irmão, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), de se colocar como candidato do clã na disputa presidencial.
“Interessam deixar o Eduardo Bolsonaro fora da corrida [presidencial], por quê? Porque o Eduardo Bolsonaro é um nome competitivo para a Presidência da República. Ah, Eduardo, você está se gabando… Eu não sei se eu seria eleito. Mas concordam comigo que quando tem o sobrenome Bolsonaro, as chances de você ser eleito aumentam e muito?”, indaga.
Em seguida, Eduardo cita Flávio, que no início da semana passada, antes da prisão de Bolsonaro, proliferou pela mídia liberal a intenção de se lançar candidato à Presidência colocando um nome do clã na cabeça de chapa, em claro recado ao levante da Terceira via em torno de Tarcísio de Freitas.
“Vocês acham que sem o sobrenome Bolsonaro, eu teria me tornado o deputado federal mais votado da história do país, com quase 2 milhões de votos – 1.843.735 votos para ser mais específico. É claro que não! Então, ele tirou Bolsonaro, está querendo tirar o Eduardo e está armando o canhão para cima do Flávio Bolsonaro”, afirmou.
Fonte: Revista Fórum

















