A executiva estadual do  Partido dos Trabalhadores (PT) do Rio de Janeiro negou, nesta terça-feira (25), que tenha se reunido com Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, o rapper Oruam, para negociar filiação e uma eventual candidatura nas eleições de 2026.

A informação de que o rapper estaria tratando com o PT uma vaga de deputado estadual chegou a ser divulgada em parte da imprensa.

Em nota encaminhada ao Portal iG, a executiva estadual do PT afirmou que “desconhece totalmente a informação veiculada sobre visita ou qualquer tratativa envolvendo o artista Oruam para eventual candidatura em 2026”.

“Não houve reunião, diálogo formal ou qualquer contato institucional sobre esse tema”, destaca.

O PT reitera ainda que o processo de filiações e candidaturas no partido é democrático, transparente e conduzido de forma coletiva, seguindo rigorosamente as normas internas do partido.

“Qualquer informação oficial sobre esses processos será comunicada exclusivamente pelos canais institucionais do PT”, conclui.

O rapper Oruam é filho de Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, líder da facção criminosa Comando Vermelho (CV).

Marcinho VP está preso desde agosto de 1996 e tem uma extensa ficha criminal. Atualmente, ele está na Penitenciária Federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Oruam também é sobrinho de Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, assassino do jornalista Tim Lopes.

Em julho desse ano, o rapper foi preso em uma penitenciária da zona oeste da capital fluminense, após um desentendimento com policiais civis em operação.

O rapper era alvo de investigações da polícia do Rio de Janeiro por associação ao tráfico de drogas, tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal.

Em setembro, Oruam foi solto por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

ABN C/IG