Durante o julgamento do ex-prefeito de Maribondo, Leopoldo César Amorim Pedrosa, realizado nesta quarta-feira (26) no Fórum de Marechal Deodoro, o policial penal Murilo Souto, filho do corretor de imóveis Gerson Gomes Vieira, assassinado em 2015, chorou ao relatar a dor que a família carrega desde o dia do crime.
“O que fizeram com meu pai foi uma covardia. Mataram ele e jogaram num canavial para os bichos comerem. Meu pai estava podre, nem reconhecer foi possível; somente o IML conseguiu fazer isso”, relembrou.
Em seguida, em tom de revolta, Murilo descreveu o momento mais doloroso para a família. “Não tive o direito de olhar para meu pai de novo e me despedir, o caixão teve de ficar fechado. Covarde”, desabafou, em lágrimas. A juíza chegou a pedir água para que ele se acalmasse.
Ele também lamentou a demora no desfecho do caso. “Há dez anos carregamos essa dor. O júri foi adiado várias vezes, e nosso sofrimento só aumentou. Já era para [esse julgamento] ter acontecido.”
Entenda
Leopoldo César Amorim Pedrosa, ex-prefeito de Maribondo, é acusado de mandar matar o corretor Gerson Gomes Vieira em 2015 após um desentendimento sobre a comissão de uma venda de imóvel.
A vítima teria cobrado R$ 40 mil que não foram pagos, o que teria motivado o crime. O corpo de Gerson foi encontrado dias depois em um canavial. O processo, por homicídio duplamente qualificado, teve o julgamento adiado diversas vezes ao longo dos anos.
ABN C/ Cada Minuto
















