Na esteira das revelações sobre a Operação Vigilância Aproximada, conduzida pela Polícia Federal para desmantelar um esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro, as análises do professor João Cezar de Castro Rocha lançam luz sobre a intrincada relação entre a família Bolsonaro e Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin.
As declarações do professor, em entrevista exclusiva à TV 247, destacam a profundidade das conexões entre Ramagem e os Bolsonaros, delineando um quadro que sugere uma coautoria nas ações ilícitas que agora vêm à tona. “Com o avanço das investigações, será muito mais difícil para Carlos Bolsonaro e para Jair Bolsonaro se manterem imunes a esta investigação”, diz ele.
O professor destaca que, com o avanço das investigações, torna-se cada vez mais difícil para Carlos Bolsonaro e Jair Bolsonaro escaparem das implicações. A apreensão de seis aparelhos da Abin com Ramagem e de quatro computadores reforça a necessidade de uma investigação abrangente.
Rocha argumenta veementemente que não pode haver espaço para conciliação diante de ações criminosas como as que estão sendo reveladas. Ele destaca a importância de não permitir que figuras ligadas ao governo Bolsonaro continuem exercendo cargos públicos, ressaltando a inaceitabilidade de desvios de função para favorecer interesses políticos.
O contexto da Operação Vigilância Aproximada – A operação deflagrada pela Polícia Federal tem como objetivo desmantelar um esquema criminoso de espionagem ilegal na Abin durante o governo Bolsonaro. Alexandre Ramagem, ex-diretor da agência, figura como um dos principais alvos da investigação. Os mandados de busca e apreensão, distribuídos em diversas cidades, revelam a amplitude das diligências e a seriedade das acusações.
Diante desse cenário, as declarações do professor João Cezar de Castro Rocha lançam uma perspectiva crítica e esclarecedora sobre os desdobramentos esperados das investigações, sugerindo que a responsabilização alcançará não apenas os agentes diretos, mas também aqueles que os respaldaram e se beneficiaram de suas ações ilícitas.
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*Redação com Brasil 247