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Por: Augusto Mafuz
Depois de Alemanha 7 x 1 Brasil, na Copa de 2014, houve quem pregasse de que o futebol nunca mais seria o mesmo.
E não foi mesmo por um fato: o Brasil não acreditou que aquele cataclisma do Mineirão era a afirmação definitiva de que o seu futebol já estava no fundo do poço. Ser goleado e eliminado da Copa, eram outra coisa.
Embora tenham passado 11 anos daquela hecatombe, a goleada de 4 a da Argentina, goleada de 4 a 1 da Argentina, no Monumental de Nuñez, teve as mesmas características e os mesmos motivos dos 7 a 1, do Mineirão.
Porque algumas consequências negativas da vida (e no futebol, não é diferente), prologam-se no tempo, é possível afirmar que a goleada de Nuñez nada mais é consequência dos 7 a 1, do Mineirão.
Como no Mineirão foi a Alemanha, no Monumental de Nuñez, a Argentina foi superior técnica, tática, física e emocionalmente.
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O treinador Dorival Júnior é um problema.
Pela falta de ideias e, quando as têm, pela falta de capacidade de executá-las, deve ser demitido.
Como foi Fernando Diniz que, por ambição de ser diferente, tornou-se teimoso ao manter as suas propostas modernas já envelhecidas. Como foi Tite durante 8 anos, por criar um grupo de jogadores e manter-se fiel a eles, ao ponto de afirmar que “Daniel Alves transcende ao futebol”.
Treinador não é principal problema da seleção brasileira
O treinador brasileiro, em geral, transformou-se em um problema, sem dúvida. Mas, tratando-se de seleção brasileira, não é o maior dos problemas.
A estrutura do futebol brasileiro começou a apodrecer desde 1998, quando surgiu a Lei Pelé.
Os agentes associaram-se com dirigentes e, sem terminar a sua formação, o jogador passou a ser negociado para o exterior. Em um negócio, são raros os dirigentes que não saem com uma fatia do preço.
Criou-se uma espiral de negócios, que alcançou a seleção brasileira em cheio. Como a CBF nunca foi um exemplo de ética, permite que o treinador, mesmo de forma involuntária, seja influenciado pelo interesse desses negócios.
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Só para tomar como exemplos recentes, não há explicação para introduzir no grupo, ao mesmo tempo, Murillo, João Gomes, Joelinton, Mateus Cunha, João Pedro, Vanderson e Ederson.
Bem por isso, não há interesse desses segmentos envolvidos, que uma autoridade em futebol e ética assuma a administração da seleção.
Ednaldo Rodrigues reeleito e o “vatapá” das Federações
Vejam só. Em 6 anos no comando da Argentina, o treinador Lionel Scaloni convocou 40 jogadores. Em 14 meses no comando do Brasil, Dorival Júnior convocou 50 jogadores.
Desses, oitenta por cento jogam no exterior
E quando há uma esperança de mudar esse estado de coisas, as Federações e os Clubes reelegem o baiano Ednaldo Rodrigues para a presidência da CBF. As Federações são compreendidas porque recebem um “vatapá” por mês. Não compreendem-se os clubes.
Desculpem, todos devem ser compreendidos.
Redação com Um dois esportes