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A tilápia é considerada um alimento saudável, fonte de proteína e gorduras boas. Mesmo assim, o consumo do peixe também requer alguns cuidados.
Seja grelhado, frito, assado ou empanado, a tilápia é uma das espécies de peixe mais consumidas no mundo. O alimento é muito apreciado pelo seu sabor suave e carne macia, além de ser uma excelente fonte de proteínas magras. A tilápia também é rica em vitaminas do complexo B e minerais como o fósforo e o selênio. No entanto, mesmo sendo considerada uma espécie segura para o consumo, a tilápia também possui algumas ressalvas.
Em um vídeo postado no seu canal no Youtube, a nutricionista Mônica Acha explica por que você deve evitar comer tilápia se ela tiver certas características. Saiba mais a seguir.
Qual a origem da tilápia?
A tilápia é um peixe de água doce originária da região do Nilo, na África. No entanto, hoje em dia a espécie é cultivada em várias partes do mundo, incluindo América Latina, Ásia e até mesmo em alguns países da Europa. De acordo com a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), seis em cada dez peixes cultivados no Brasil são tilápias. Inclusive, o Brasil é o 4ª maior produtor de tilápia no mundo.
A tilápia possui uma carne é branco-acinzentada, gordurosa e com sabor neutro. Por ser um peixe consideravelmente barato, ela acaba sendo uma das espécies mais consumidas no país, podendo ser grelhada, frita, assada ou cozida.
Afinal, o consumo de tilápia é seguro?
Segundo Mónica Acha, nutricionista e tecnóloga em alimentos, por ser um peixe branco, a tilápia é considerada uma boa fonte de proteínas de alto valor biológico. Ela tem um teor de gordura muito baixo, no entanto, segundo a especialista, o cultivo do peixe pode levantar algumas dúvidas sobre a segurança que ele oferece aos consumidores.
“Como esse peixe é criado em massa, muitas vezes o volume de peixes em um tanque ou local onde eles são criados dificulta sua alimentação e cuidados. Além disso, um número maior de doenças aparecem nesses animais”.
Para controlar doenças causadas por infecções bacterianas nos peixes, os produtores geralmente usam antibióticos ou substâncias que previnem problemas de saúde nos animais. “Se esses peixes estiverem altamente concentrados, há maior contaminação dentro dos tanques”, explica a nutricionista.
Mónica ainda destaca que a criação intensiva de peixes tem o objetivo fazê-los atingir um tamanho comercializável em um tempo muito curto. Isso significa que os peixes criados em cativeiro possuem uma alimentação diferente das espécies que vivem no mar, o que também é um ponto a se considerar.
“A composição nutricional dos peixes também depende de como eles foram alimentados. Não é a mesma coisa que um peixe se alimentando de algas, krill ou pequenos crustáceos que ele encontra boiando na água”, ressalta a especialista em nutrição.
Sobre o teor de mercúrio, Mónica explica que as espécies de cultivo, normalmente, não apresentam contaminação pelo metal. Porém, é importante considerar de onde vem o peixe. A tilápia cultivada (em fazendas aquáticas) pode conter níveis maiores de contaminantes por ser alimentada com rações. Assim, Mónica orienta optar por tilápia de cultivo sustentável ou selvagem, pois são mais saudáveis e seguras.
“Tudo depende da procedência do peixe. Escolha sempre comprar em locais de confiança e com práticas responsáveis”, finaliza Mónica.
🛑 Redação com MSN