Anadia/AL

19 de outubro de 2024

Anadia/AL, 19 de outubro de 2024

Alagoas tem mais de 340 mil endereços sem número, aponta Censo

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 18 de junho de 2024

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Foto: Reprodução

Em Alagoas, 342.270 endereços não possuem número de identificação, apontam dados do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ao todo, o Brasil tem 24,4 milhões de endereços sem número (ou 22,8% do total de endereços) e a maior parte deles está em Goiás (2,46 milhões). Além disso, há 438,0 mil endereços identificados pela quilometragem da via. Entre estes, 76,1 mil estão em Rondônia, unidade da federação com a maior ocorrência desse modificador.

Os endereços também foram agrupados pelos tipos de logradouros mais comuns. Dessa forma, o país tem 72,4 milhões de endereços situados em ruas, 10,7 milhões de endereços em avenidas e 7,1 milhões de endereços em estradas. Travessas, sítios, alamedas e fazendas também estão entre os principais tipos.

O país tem, ainda, 2,7 milhões de endereços em logradouros sem nome, com o maior número deles na Bahia (314,5 mil). Além disso, existem 171,7 mil endereços em logradouros cujo nome tem a palavra “Brasil”.

O gerente do CNEFE observa: “O endereço é também um indicador de cidadania. Isso significa que o cidadão que vive em um endereço sem número ou em uma rua ou avenida sem denominação está sofrendo algum tipo de déficit na sua cidadania, pela não formalização daquele endereço ou logradouro pelo poder público municipal”.

Há, ainda, 2,3 milhões de endereços em logradouros cuja denominação tem a palavra “São”, além de 1,7 milhão de endereços em logradouros com “Doutor”, 1,0 milhão de endereços em logradouros cujo nome contém “Santa” e 483,5 mil de endereços em logradouros que têm “Presidente” na sua denominação, entre outros exemplos.

O CNEFE também permite saber que, entre seus endereços, há 90,6 milhões de domicílios particulares e 104,5 mil domicílios coletivos, além de 264,4 mil estabelecimentos de ensino e 247,5 mil estabelecimentos de saúde, entre outras categorias.

Censo 2022 incluiu 34 milhões de novos endereços no CNEFE

Organizado pelo IBGE desde 2005, o CNEFE é o principal acervo de endereços do país com abrangência nacional e acesso público. Ele é atualizado periodicamente, sendo totalmente revisado durante os censos demográficos.

O trabalho do Censo 2022, por exemplo, teve início com uma lista prévia de 89.327.652 endereços. Destes, 81,5% foram confirmados e 18,5% foram excluídos durante a coleta, que ainda acrescentou 33.992.241 novos endereços ao CNEFE.

13,3 milhões de endereços do país estão em condomínios

O Brasil tem 13.285.465 de endereços situados em arranjos condominiais, sendo 3,6 milhões de endereços em condomínios com entre 6 e 20 endereços, 2,7 milhões em condomínios com entre 21 e 50 endereços, 2,2 milhões em condomínios com entre 51 e 100 endereços e 4,8 milhões em condomínios com mais de 100 endereços.

O IBGE considera arranjos condominiais as copropriedades entre diferentes pessoas de um mesmo imóvel. Foram identificados como arranjos condominiais aqueles que tinham seis ou mais domicílios particulares permanentes em edificação caracterizada como “casa de vila ou em condomínio” ou “apartamento” na mesma face de quadra e, ainda, compartilhavam o mesmo logradouro, número, localidade e CEP.

CNEFE pode auxiliar o poder público no enfrentamento de calamidades

Em 2 de fevereiro, o IBGE já havia divulgado as Coordenadas Geográficas das Espécies de Endereços do Censo Demográfico 2022. Mais tarde, em 21 de maio, foi antecipada a liberação dos microdados do CNEFE, para auxiliar os órgãos governamentais no enfrentamento das inundações no Rio Grande do Sul.

Os dados do CNEFE também foram utilizados para apoiar a estratégia de atuação de órgãos governamentais e de Defesa Civil durante calamidades ocorridas em Alagoas e Pernambuco, em 2010, em Brumadinho (MG), em 2019, e em São Sebastião (SP), em 2023, entre outras ocasiões.

Com informações precisas sobre a localização dos domicílios e estabelecimentos, as três esferas de governo podem realizar um planejamento mais eficiente de infraestruturas públicas, identificando regiões com maior demanda por transporte, escolas, hospitais, coleta de lixo, abastecimento de água e luz e, inclusive, facilitando a entrega de correspondências.

Fonte: Cada Minuto

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