Anadia/AL

21 de junho de 2025

Anadia/AL, 21 de junho de 2025

Ana Clara: “Minha maior insegurança é esse ímpeto de querer agradar todo mundo”

Apresentadora de 27 anos fala da oportunidade de comandar o inédito 'Estrela da Casa', reflete sobre a carreira de seis anos na televisão, sonhos, inseguranças, realizações e expectativa para a nova fase | 13:43 hs

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 1 de agosto de 2024

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(Foto: Reprodução)

Estão preparados para se apegar a mais um confinamento? Se depender da entrega de Ana Clara como apresentadora, é fácil dizer que o Estrela da Casa será sucesso. Uma grande missão para a “estrela” descoberta na “casa” do maior reality show do país, que admite ter começado a sonhar com uma oportunidade desse tamanho ainda nos primeiros passos na televisão.

“É uma realização muito grande, porque sempre falei, desde a primeira entrevista que dei, que era isso que queria. Meu sonho era conquistar um programa diário, na Globo, ao vivo, aí vejo se concretizar. É muito louco, né?”, inicia a apresentadora do mais novo reality show musical do Brasil, aos 27 anos de idade.

Do terceiro lugar do BBB 18 ao comando do Estrela da Casa, a jovem carioca passou por seis anos de repertório na grade do entretenimento da TV Globo. Repórter do Vídeo Show , coberturas de grandes festivais, destaque nas entrevistas com eliminados do Big Brother , apresentadora do Plantão BBB , na TV aberta, A Eliminação, no Multishow, e Panelaço, no GNT. Além de três temporadas do reality Túnel do Amor e alguns outros projetos disponíveis no Globoplay.

“É uma mistura de sensações muito grande, emoção com sensação de conquista, um orgulho de mim mesma, um nervoso e um medo, que é normal quando a gente vai encarar uma coisa nova”

Naturalmente comunicativa, Ana Clara abre o coração em uma conversa franca – e descontraída – sobre o caminho para o novo desafio. O dilema da figura pública que escolheu reservar a vida pessoal, cobranças, autoconfiança, sonhos, relacionamento à distância e o que esperar da competição entre músicos com estreia marcada para 13 de agosto.

Leia a entrevista completa:

Quem: Como você está planejando essa rotina nova? Vai mudar muito o seu dia a dia?
Ana Clara:
 Essa parte da rotina é uma coisa que estou prestando bastante atenção. As pessoas sempre perguntam como estou me preparando para o programa. Com certeza, a maior preparação que estou tendo comigo mesma é a de organizar minha rotina muito bem. Há alguns pilares que a gente não pode deixar cair, a coisa da saúde mental, a física. Estou organizando realmente meus dias para priorizar o que tem que ser prioridade e tentar deixar tudo o mais organizado possível para não ter que me preocupar durante esse período e conseguir focar no projeto.

Você faz terapia semanal?
Faço terapia toda semana e já estou trabalhando com ela várias coisas também. A gente já está se organizando para poder ficar bem. Acho que é um privilégio muito grande ter a possibilidade de conseguir me preparar para um período – porque é um período. É um desafio de um período que eu sei que vem. É um privilégio poder prever algumas coisas, de cansaço mesmo, físico, mental e tudo mais. Essa parte da preparação comigo mesma e com a minha rotina é a principal.

Você vem também pegando firme na rotina de treinos. Também vai seguir?
Acho que algumas coisas são prioridade para mim. Se eu tivesse que elencar a rotina que quero manter para conseguir estar bem no Estrela, antes e durante o programa. Terapia e treino, que é muito importante estar fisicamente e emocionalmente bem, rotina de sono e leitura, para mim, são as quatro coisas que estou mais focada.

Você acha que existe uma receita para ser um bom apresentador de reality?
Como não existe uma receita para você ser um participante campeão, querido ou odiado, também não existe receita para o apresentador. Claro que tem algumas coisas que, sempre que a gente puder colocar para agregar nesse trabalho, é muito bom. Gosto muito de tentar me colocar no lugar das pessoas. Por ter participado de reality show, já entendo muito como são esses sentimentos. Você tentar se colocar no lugar da pessoa, não levar tudo tão a sério, se divertir com aquilo também, brincar com eles. São coisas que fazem a diferença, mas não tem uma regrinha que leva ao sucesso.

Você acha que ter participado de um confinamento te deixa mais segura para comandar um reality show ou te dá mais pressão para ir bem?
Acho que me dá mais segurança para entender o que eles estão sentindo. Costumo dizer que a experiência é muito individual. Mas há algumas coisas que são comuns a todos: esse sentimento à flor da pele. Engraçado, a impressão que tenho é de que todo mundo volta a ser adolescente dentro de reality. Quando você fica com raiva, fica com muita raiva, quando fica triste, fica muito triste, quando fica feliz, fica muito feliz e é igual à fase da adolescência, é tudo o fim do mundo. Acho que já ter tido essa experiência me dá um pouco dessa sensibilidade para entender o que as pessoas estão sentindo naquele momento.

Como está se preparando para lidar com esses participantes?
Acho que vim me preparando nos últimos anos. Efetivamente, não tem nada que possa mudar da minha rotina, ler, estudar, consumir. Agora, é revisitar as experiências que tive nesses últimos seis anos trabalhando como apresentadora, repórter e entrevistadora. Tive a oportunidade de ter todos os ex-BBBs das últimas edições passando pelas minhas mãos em entrevista, em acolhimento, seja como for. Não teve preparação melhor que essa. Chegar agora nesse lugar é muito bom.

Ana Clara — Foto: Globo/Fábio Rocha
Ana Clara — Foto: Globo/Fábio Rocha

Chama a atenção a sua naturalidade e firmeza em tudo o que apresenta, você é assim desde sempre?
Acho que sim, é uma coisa meio de criança, sabe? Sempre gostei muito de falar em público, apresentar, tomar a liderança da situação. Acho que a gente precisa confiar na gente. Às vezes, você está falando um negócio que nem tem tanta certeza, mas passa a credibilidade, porque fala com convicção. A gente não acerta sempre, mas acho que essa firmeza eu passo.Quando as pessoas vêm falar comigo, alguém que estuda jornalismo ou que tem vontade de trabalhar na televisão, falo que o melhor jeito de você entrevistar alguém é conversar mesmo com a pessoa. Isso torna mais agradável assistir à entrevista. Isso é o ponto chave.

Você se cobra muito?
É muito inerente do ser humano e da geração que a gente vive se cobrar muito. Me cobro muito, mas venho cada vez mais tentando educar minha cabeça para ouvir a minha própria opinião sobre mim. Lógico que é muito importante a gente ver como é o resultado, a resposta do público, dos nossos chefes, da nossa equipe, da TV como um todo. Mas é muito importante também ouvir a minha voz, o que achei. Se gostei, achei legal, que bom, vamos nessa. Às vezes, a gente fica muito preso nas opiniões das pessoas e se diminuindo mesmo por causa disso. Nas redes sociais, a gente nem sempre vai ouvir opiniões agradáveis ou vai ouvir e não vai concordar, mesmo assim. Isso acontece.

Tenho trabalhado muito para ouvir mais o que eu mesma acho sobre mim, sem levar a opinião negativa das pessoas muito a sério

Quais são as suas inseguranças?
Tenho para mim que a gente não nasceu para ser rejeitado. O ser humano não gosta de ser rejeitado de maneira nenhuma. A gente está constantemente tentando agradar, ser legal e não vai agradar todo mundo. A minha maior insegurança é esse ímpeto de querer agradar todo mundo, querer que as pessoas gostem do que estou fazendo e não tem como. Pode ser que uma coisa que eu faça vá agradar muito x, mas não vai agradar o y. E aí? Paciência. É a maior questão que eu batalho e me concentro em conseguir lidar, entender que não vai dar para agradar todo mundo.

Em ‘Túnel do Amor’, você interviu de forma pontual após uma fala racista. Qual a importância da apresentadora se posicionar quando há adversidades como essa dentro do jogo?
Acho que o apresentador tem um papel muito importante como porta-voz. Seja porta-voz dos outros participantes, que estão presenciando uma situação inadequada, do público, que também está presenciando uma situação inadequada em casa, representar a atitude que a TV Globo vai tomar perante a situação. Acho que a gente, como apresentador, tem esse papel muito grande de porta-voz e é muito importante se fazer claro nessas situações que precisam ser apontadas.

Você vê um reality diário como reflexo da sociedade?
Cada vez mais a televisão vai ser e já é, desde sempre, um retrato da nossa sociedade. Mas o reality tem esse fator muito diferente, que não é a mesma coisa das novelas, que acabam sendo muito espelhadas na vida das pessoas, mas são histórias. reality tem a característica de trazer realmente o retrato da sociedade e é muito importante. Acho que isso é uma coisa que cada vez mais vai acontecer, tanto de forma positiva, quanto negativamente. Como a gente lida com isso, como tenta educar as pessoas, explicar, qual é a maneira mais correta, o que não é legal, o que não faz mais sentido tolerar enquanto sociedade, faz parte.

E acaba influenciando pessoas que não têm acesso às discussões sociais fora da TV, né?
Que bom que a gente tem esse diálogo aberto, que a gente pode ter isso colocado para pessoas que, às vezes, não têm acesso à internet. Hoje, a gente vê uma desconstrução muito grande, porque as pessoas têm acesso à informação, mas a gente não pode reduzir o nosso país a uma bolha…Não é. Então, a televisão chega realmente em lugares que pessoas não têm um smartphone na mão e estão presenciando conversas e debates que são importantes de serem levantados, né?

Quem te inspira como comunicadora?
Tenho várias pessoas que adoro e me inspiram. Tenho muita admiração pela Maju Coutinho e a Poliana Abritta. São duas que eu amo, assisto todo domingo. Sou fissurada em Fantástico. Adoro o Tiago Leifert, com quem trabalhei muitos anos e é um cara que admiro muito. A Fátima BernardesVárias pessoas da casa que eu admiro muito o trabalho e fico muito feliz de compartilhar o palco com elas. Fico meio chocada até hoje.

Um conselho inesquecível que recebeu de algum comunicador/artista e leva com você?
Tem um conselho, que foi repassado, mas nunca esqueci. Ouvi em 2018 de Fernanda Souza, ela me deu um conselho que a Ivete Sangalo havia dado para ela. Brinco que a Ivete que me deu esse conselho. Uso quando acontece alguma situação, alguma polêmica, que acaba atingindo a gente. Vale a pena comentar? Quer muito falar? Às vezes, para você, parece o fim do mundo, mas, quando você fala, você está contando aquela história, já está se justificando para pessoas que nem sabiam nada que estava acontecendo. Vai usar sua voz para pulverizar mais ainda essa situação. Vale a pena ou só está com raiva? Se estiver só com raiva, fica quieta. Nunca mais esqueci.

A gente tem que abrir a boca para falar de coisas que realmente valem a pena, ou então está só contando o negócio que não precisa

Se permite o trocadilho, o que acha que te faz ser uma Estrela da Casa?
É uma junção de coisas. Ter tido a sorte, foco e privilégio de ter me preparado para entrar pela porta que abriram para mim anos atrás é o principal. Tive oportunidade de estudar, fazer vários cursos, faculdade de jornalismo. Quando surgiram oportunidades para mim na Rede Globo, estava preparada para agarrar e tive a determinação de fazer isso. Todas as surpresas que apareceram para mim no caminho – ancorar um Rock in Rio, um programa diário no meio da pandemia, entrevistar os eliminados do BBB, tive a condição de agarrá-las. Cara, acho que eu sou boa, sabe? A gente também tem que reconhecer as coisas que a gente é bom e saber em que lugares tem que estar.

Sou muito boa em apresentar e isso é um fator que faz com que dê certo. Nem sei o que faria se não fosse apresentadora, acho que nasci para fazer isso

Ana Clara — Foto: Globo/Fábio Rocha

Ana Clara — Foto: Globo/Fábio Rocha

Você tem consciência desde sempre que você é boa?
Sempre soube que tinha facilidade para apresentar. Por ter essa facilidade e gostar, por muito tempo, achei que todo mundo fazia. Foi uns dois anos atrás que mudei minha cabeça, porque pensava que era ligar a câmera e chamar qualquer pessoa e ela faria. Achava que era muito fácil e qualquer pessoa apresentava um programa, pegava, lia um negócio e falava. Depois, fui entender que não é bem assim. Demorei para entender que não é todo mundo que sabe fazer isso, mas gosto muito e tenho facilidade. Acho que a gente se menospreza quando se coloca nesse lugar. Não é de falar que todo mundo faz, mas de colocar no lugar de que não é tão especial por fazer isso…Não, cara, é muito legal.

Apesar de ser muito espontânea como apresentadora, você é bastante reservada na vida pública. Por que essa escolha depois de já ter se exposto 24 horas no BBB?
Apesar de eu ter uma uma personalidade muito extrovertida, gosto de conversar, se chego num lugar e tiver que fazer amizade com todo mundo, vou fazer. Se tiver que pegar o microfone para falar, vou falar Não sei se gosto muito de todo mundo falando e opinando sobre minha vida pessoal. Uma coisa é estar todo mundo falando como a Ana apresenta bem aquele programa com aquela roupa bonita, falando sobre o âmbito profissional. Mas não sei até que ponto acho legal e saudável isso se estender para minha vida pessoal […] Sei que, hoje em dia, as pessoas nem sempre fazem essa escolha, gostam de compartilhar tudo e tudo bem também, mas só não acho que funciona para mim. Realmente, fui para o Big Brother, estava 24 horas sendo observada, mas estava só vivendo e não estava recebendo a opinião das pessoas de volta.

Não acho que cabe a ninguém falar o que pensa da minha casa, namorado, roupas que visto, onde vou. [Vida pessoal e profissional] são duas coisas que precisam estar separadas para mim

Acha que se relacionar com alguém que não é do meio [o advogado Bruno Tumoli] faz mais sentido para você?
Acho que sim, mas também não posso tirar o mérito do Bruno. No sentido de que ele poderia não ser do meio, mas poderia gostar e querer usufruir e se importar com isso. Ele poderia questionar o porquê não vamos aparecer. Então, vai muito da personalidade dele também, né? E prefiro…Acho que não conseguiria me relacionar com alguém do meio. Demorei para expor o Bruno. Até ficaria mais tempo, mas a safada da Juliette postou a gente. É legal, é gostoso compartilhar, mas é uma coisa que falei para ele no início do nosso relacionamento: por mim, a gente esperava nove meses, igual gravidez. Porque as pessoas vão falar, vão querer se meter e se intrometer e dar a opinião delas. A gente não precisa disso, entendeu? Ele concordou e é tudo conversado. A gente está muito bem assim.

É muito difícil, mas a gente consegue, graças a Deus, ter condições de viajar e se ver bastante. Em junho, a gente ficou o mês todo separado, mas geralmente a gente consegue se ver bastante. É tudo combinado. O Bruno entende muito. No Estrela, a gente vai ter 50 dias de programa, quando não poderei sair do Rio. Então, ele vem e volta e está tudo bem. Quando puder, vou, e a gente vai indo e conversando.

Qual é o bônus e o ônus da fama para você?
Lógico que tem coisas muito legais, quando você anuncia um novo projeto, vê várias pessoas superfelizes… E o acesso. Estava conversando com alguns amigos que, hoje, no nosso país, tem muita gente com muito dinheiro, mas sem acesso. Isso é uma coisa que enche muito os olhos das pessoas. Acho que esse é o maior motivo das pessoas quererem fama: poder estar em lugares que talvez você não entraria só com dinheiro. Não que eu aproveite desse acesso, porque prefiro ficar em casa ou com os meus amigos na maior parte das vezes, mas acho que esse é o bônus. A parte ruim é se meterem, e, principalmente, a coisa da energia, para quem acredita em energia da espiritualidade. Tem muita gente que torce pelo bem, mas também tem muita gente que manda energia negativa. A inveja, torcer contra, isso acontece.

Ana Clara — Foto: Globo/Fábio Rocha
Ana Clara — Foto: Globo/Fábio Rocha

O visual é algo que te preocupa muito? Como lida com a pressão estética?
Não é uma coisa que me afeta, tá? Se estou me olhando no espelho e estou feliz, gosto do meu cabelo, ele vai ficar assim. Se as pessoas acham que tinha que ser mais curto, sinto muito, estou feliz com o meu peso, com o meu corpo, estou feliz. Se para a imagem na televisão é melhor você ter 5 kg a menos, porque a TV engorda muito…Sinto muito. Me deixa triste de verdade que exista ainda muita gente que sofre com essa pressão. Com todo o acesso à informação, as pessoas estão entendendo que não vamos falar do corpo das pessoas, impor padrões x, y, z, mas muita coisa ainda é velada.

Fico muito triste que ainda tem muita gente que sofre com esse peso do padrão estético. Espero que isso mude nesse meio do entretenimento

E você lida bem com sua autoestima?
Nunca lidei bem, nem lido ainda. Acho que é uma constante batalha. A gente fica: ‘Ai, tô linda, tô feia’. Mas acho que isso de saber o que eu queria mudar ou não foi muito importante para mim. Quando comecei a fazer televisão, foi um momento crucial. Por que eu quero emagrecer? É porque estou na TV ou é porque estou me olhando no espelho e quero? Por que quero cortar meu cabelo? É porque acho que tenho que mudar o visual? Foi quando tive essa virada de chave de entender que as coisas que queria fazer era por mim, não pelo meio. Mas autoestima é uma montanha russa. A gente vai e volta, vai e volta e tudo bem.

Você sente a responsabilidade social de passar mensagem para as pessoas por ter muitos seguidores e muita visibilidade?
Acho que é importante, mas vou trazer o exemplo do Rio Grande do Sul. Foi uma comoção geral. Todo mundo estava engajado para aquela causa. Normalmente, prefiro fazer a minha parte e acho que isso é uma escolha muito particular de todo mundo. Tem gente que ama fazer o post, e tudo bem, porque isso incentiva muitas pessoas também a ajudarem, seja como for. Mas eu, geralmente, faço mais no meu. Gosto muito de ação social, sempre fiz trabalho muito trabalho voluntário. Gosto muito, sempre fiz e continuo fazendo. Mas isso é uma coisa que, como vários outros aspectos da minha vida particular, prefiro deixar no particular.

Uma curiosidade que o público não imagina sobre a Ana Clara?
Duas coisas que são relacionadas com sono que ninguém sabe disso, só o Bruno, que dorme comigo, e minha mãe e meu pai. Durmo com um bicho há muitos anos. Levo ele para viajar comigo – já foi para a Disney, para a Europa e fico arrasada quando esqueço. E preciso dormir ouvindo alguma coisa. Durmo ouvindo um reality show de drag queen que eu amo, que é o Rupaul’s Drag Race. Assisto todos os dias para dormir. Quando não ele, durmo ouvindo barulho de chuva ou ventilador, bem específico. Não consigo dormir se não tiver essas coisas comigo. Quando vou voar de madrugada, baixo o episódio das minhas drag queens ou um podcast de oito horas, além dos sons de chuva e ventilador.

Que bicho é esse?
Chama Epa. Minha mãe trouxe de uma viagem que ela foi quando eu já tinha uns 11 ou 12 anos. Eu já não era criancinha. Nunca mais eu larguei o bicho. Já está sem orelha, sem nariz. Minha mãe já costurou várias vezes. É como se fosse um travesseiro, aquele mais longo, tipo um cachorro, e eu deito nele. Ele é conhecido entre meus amigos. Quando comecei a ficar com o Bruno, meu amigo falou assim: ‘Você não botou ele para dormir com aquele bicho podre, né?’ Respondi que com certeza…Desde o início.

Qual seu sonho?
Meu sonho agora é que o Estrela seja maravilhoso, sem muito desespero, mas acho que vai ser. Confio muito nesse projeto, no que a gente está organizando e montando para entregar para o público. Acho que vai ser um sucesso mesmo. O formato é muito legal, os participantes que vão ser selecionados, as inscrições que a gente teve foram muito legais. Está sendo muito bem estruturado para entregar uma coisa muito legal. Meu maior sonho agora, todas as minhas orações, desejos, energias estão focadas em tornar o Estrela o melhor possível.

A principal curiosidade é como as pessoas vão lidar com o fato de que pode ter um artista que elas amem a música e odeiam a pessoa e que amem a pessoa e odeiem a música. Essa vai ser a maior peculiaridade que a gente vai vai poder ver, porque está falando de um reality, que tem os três pilares muito bem definidos: a música, o jogo e a convivência. As pessoas vão ver essas três coisas se manifestando nos participantes. Pode ser que tenha um cantor de sertanejo que é uma pessoa que você não gosta, mas você ama a música dele. Amo o cara que canta trap, mas não escuto trap e estou torcendo para ele. Vamos ver o que vai se sobrepor, se é a personalidade dos artistas ou a música deles.

Qual o perfil de campeão para você?
Acho que não tem receita de bolo para ser campeão. Juntando todos os realities que a gente tem hoje no Brasil e, dentro da Globo, por exemplo, não tem uma coisa que seja comum a todos. Acho que é muito difícil você definir algo. Se eu pudesse dar uma um conselho para os participantes, tanto para quem entra no Big Brother, no Estrela da Casa, o segredo é se entregar e confiar em você mesmo, nas suas opiniões, nas suas convicções. Você tem 50% de chance das pessoas te adorarem e 50% de chance de não gostarem. Seja você, se gostarem ou não, é uma surpresa sempre. E me envolvo com todos, queria que todos ganhassem. Fico com pena de todos, aí penso na família, sou sempre imparcial.

E um sonho pessoal?
Viajar muito mais. Já conquistei minha casa, que eu amo, o meu carro, várias coisas que sempre almejei quando era mais nova. Hoje, quero priorizar as viagens, que sempre amei muito. Graças a Deus, minha mãe pôde me levar para vários lugares, mas ainda há muitos que eu tenho vontade de ir. Esse é meu foco. Meu sonho de vida pessoal é focar nesse meu lado viajante, porque realmente me traz muita paz.

E o que você falaria para Ana Clara que foi convencida pelo Papito a entrar no Big Brother ?
Nossa! Meu Deus, vai acontecer muita coisa. Calma, vai dar tudo certo! Confia!

*Redação com Revista Quem

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