Mais de 60 pessoas ficaram feridas em Israel após um ataque com drone, de acordo com autoridades de saúde. O Hezbollah assumiu autoria da ação. Mais tarde, o Exército israelense pontuou que quatro soldados foram mortos e sete ficaram feridos.
As FDI não especificaram exatamente onde o drone foi interceptado, mas isso ocorreu depois que o Hezbollah informou que havia disparado um enxame de drones de ataque contra o campo de treinamento Golani, em Binyamina, ao sul de Haifa.
O grupo afirmou que a ação foi resposta aos ataques israelenses no Líbano que mataram 22 pessoas e feriram 117, de acordo com o Ministério da Saúde libanês.
A CNN não pode verificar se o drone atingiu um campo de treinamento dos militares israelenses.
Centros médicos relatam feridos
O Hillel Yaffe Medical Center, no centro-norte de Israel, disse que estava tratando 36 vítimas do que descreveu como um “incidente de UAV”, acrescentando que havia “vários graus de ferimentos”.
“Nós fornecemos assistência a mais de 60 feridos em várias condições — alguns deles em estado crítico, sério, moderado e leve. Helicópteros e ambulâncias retiraram todos os feridos”, pontuou o grupo de primeiros socorros United Hatzalah em um comunicado.
O Sheba Tel Hashomer Medical Center, em Ramat Gan, disse à CNN que estava tratando de três pessoas feridas por um incidente em Binyamina, duas das quais estavam em estado crítico, enquanto o Rambam Hospital, em Haifa, informou que estava tratando de outras três pessoas.
O Emek Medical Center, no norte de Israel, pontuou que estava tratando quatro pessoas feridas. O Beilinson Hospital comentou que estava tratando de mais três, e o Bnei Zion Medical Center, em Haifa, também disse que estava tratando de três.
A CNN entrou em contato com os militares israelenses e aguarda retorno.
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas na Faixa de Gaza; o Hezbollah , no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma ”operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.
No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anuciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Siwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.
Redação com CNN Brasil