A decisão da Copa do Brasil não será lembrada apenas pela conquista do Flamengo sobre o Atlético-MG, mas também por momentos de violência neste domingo na Arena MRV. Foram registradas tentativas de invasão de campo, além de arremessos de objetos e até de bombas, causando uma vítima.
O fotógrafo Nuremberg José Maria estava trabalhando atrás de um dos gols na final e acabou atingido por uma das bombas. A Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais (ARFOC-MG) revelou que o profissional sofreu fraturas em três dedos, rompimento de tendões e cortes no pé, passando por cirurgia no Hospital João XXIII.
Segundo informações de O Tempo, seis torcedores foram detidos pela Polícia Militar de Minas Gerais após a tentativa de pular as catracas para entrar no estádio sem adquirir ingressos. Ainda não há informações de novas prisões em função dos acontecimentos durante e após o confronto.
A ARFOC-MG (Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais) vem a público expressar seu veemente repúdio aos acontecimentos na Arena MRV durante a partida entre Atlético-MG e Flamengo, válida pela final da Copa do Brasil.
Mais uma vez, os fotógrafos e todos os demais profissionais de imprensa (repórteres e cinegrafistas) que estavam trabalhando neste jogo se viram vítimas de atos violentos e covardes de torcedores do Atlético-MG. Todos, sem exceções, tiveram a integridade física ameaçada, inclusive os seguranças do estádio, que ali estavam para garantir a segurança.
Os associados da ARFOC-MG, ARFOCs Rio, São Paulo e os demais profissionais de imprensa foram atingidos por bombas, copos de cerveja, refrigerante e água, lançados por torcedores. Um dos associados teve o banco quebrado devido à explosão de uma bomba e os equipamentos danificados pela água. Outros fotógrafos também relataram a mesma situação.
O caso mais grave foi de um fotógrafo atingido por uma bomba que explodiu debaixo de seu pé. Ele precisou ser socorrido e levado para o Hospital João XXIII, onde passou por cirurgia após sofrer fraturas em três dedos, rompimento de tendões e cortes no pé.
A ARFOC-MG já havia relatado problemas dessa natureza à administração da Arena MRV, onde foi acordado que medidas de segurança seriam implementadas. Contudo, se estas foram de fato adotadas, demonstraram-se insuficientes.
A ARFOC-MG, enfim, presta solidariedade a todos os seus associados e demais profissionais de imprensa atingidos pelos atos violentos promovidos por vândalos travestidos de torcedores do Atlético-MG e cobra da ARENA MRV e do Atlético-MG medidas que assegurem e preservem a integridade física de seus associados, bem como de seus equipamentos.
Redação com Gazeta Esportiva
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