Por Jessica Bernardo
O reajuste de 13,64% no valor da tarifa de ônibus em São Paulo é o maior dos últimos 10 anos. O aumento foi anunciado nesta quinta-feira (26/12) pela gestão Ricardo Nunes (MDB) e eleva o preço da passagem de R$ 4,40 para R$ 5, a partir do dia 6 de janeiro.
Desde 2015, quando Fernando Haddad (PT) subiu a tarifa de R$ 3 para R$ 3,50, um reajuste de 16,67%, nenhum outro prefeito anunciou um percentual de reajuste tão alto de uma única vez no preço do transporte público municipal.
Na época do aumento feito por Haddad, a tarifa também estava congelada havia quatro anos como agora — o petista tinha tentado reajustar a passagem em 2013, mas desistiu da ideia após as manifestações de junho.
Em 2016, Haddad aplicou outro aumento, elevando o preço do transporte de R$ 3,50 para 3,80, o equivalente a 8,57%. Dois anos depois, João Doria, então no PSDB, reajustou a tarifa em 5,26% e os passageiros passaram a pagar R$ 4 para usar os ônibus da cidade.
No governo Bruno Covas (PSDB), a tarifa passou por dois aumentos. O primeiro, de 7,5%, elevou o custo do transporte para R$ 4,30, em 2019. No ano seguinte, Covas fez um novo reajuste e subiu o valor em 2,33%, deixando nos atuais R$ 4,40.
A tarifa, então, ficou congelada até Nunes anunciar o aumento de agora, de 13,64%, passando o custo do transporte para R$ 5 em 2025. A gestão diz que o aumento atual está abaixo da inflação acumulada no período.
O novo aumento entra em vigor no dia 6 de janeiro, mesma data em que o preço dos trens e do metrô será reajustado para R$ 5,20 pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Redação com Metrópoles
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