Anadia/AL

6 de janeiro de 2025

Anadia/AL, 6 de janeiro de 2025

Biden propõe vender R$ 49 bi em armas a Israel para guerra que matou 45 mil palestinos

Presidente estadunidense envia proposta ao Congresso dias antes de encerrar mandato

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 6 de janeiro de 2025

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Foto: Saul Loeb/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enviou uma proposta ao congresso estadunidense para a venda de 8 bilhões de dólares (cerca de R$ 49 bilhões) em armas para Israel. As armas seriam usadas na guerra em Gaza, que já matou 45.658 palestinos e feriu outras 108. 583 pessoas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

A venda das armas depende de um aval dos parlamentares do país e reforça o apoio da gestão do presidente estadunidense, que termina  seu mandato no dia 20, ao governo do primeiro- ministro israelense Benjamim Neatnyahu, acusado por crimes de guerra.

O Tribunal Penal Internacional (TPI) já determinou a prisão de Netanyahu.

Segundo o site Axios, a venda incluiria mísseis ​​contra ameaças aéreas, incluindo drones, além de projéteis de artilharia, bombas e outros.

Entre quinta (2) e sexta-feira (3), ao menos 129 palestinos foram mortos por ataques do exército israelense na Faixa de Gaza, também de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. Desde o início desta sexta, foram encontrados 52 corpos ao longo de toda a região.

Na última quinta-feira, mais 77 palestinos foram mortos durante os 34 bombardeios efetuados por Israel, incluindo o chefe da força policial de Gaza, Mahmud Salah, e seu vice, Hussam Shahwan, segundo as autoridades palestinas. Entre os locais atacados estão a zona humanitária al-Mawasi, no sul, e o campo de refugiados de Jabalia, no norte do enclave.

Nos ataques desta sexta-feira, mais de 12 mulheres e crianças estavam entre os 19 assassinados pelos bombardeios na região central de Gaza, que ocorreram nos campos de refugiados de Nuseirat, az-Zawayda, al-Maghazi e Deir al-Balah, segundo membros da brigada hospital Mártires de Al-Aqsa.

Os ataques de jatos israelenses a prédios residenciais nesta sexta-feira mataram, também, o jornalista Omar al-Diraoui em sua casa em az-Sawayda, o segundo profissional morto em apenas 24 horas. Na quinta-feira, foi confirmada a morte do fotógrafo Hassan al-Qishaoui. A mídia governamental de Gaza atualizou para 202 o número de jornalistas mortos desde o início do genocídio, em 7 de outubro de 2023.

No começo desta sexta, o exército israelense ordenou a evacuação imediata do Hospital Indonésio e forças militares cercaram o local. Ao menos 25 pacientes ficaram encurralados, junto de membros da equipe médica.

A ONU denunciou os ataques a hospitais em Gaza e disse que centros médicos devem estar “fora dos limites” de ataques e incursões militares. Além disso, a organização humanitária palestina Al-Haq afirmou que as ordens de evacuação forçadas de Israel são feitas para “facilitar” os ataques na região, incluindo nas zonas humanitárias.

‘Medidas mais drásticas’

Mark Seddon, diretor do Centro de Estudos da ONU na Universidade de Buckingham, diz que a documentação das violações israelenses da lei internacional, principalmente aos ataques a infraestruturas de hospitais e centros médicos, não foi acompanhada por ações efetivas.

“Acho que agora o mundo está olhando e perguntando que medidas serão tomadas [sobre os ataques de Israel]. Porque temos visto repetidamente essas alegações de que os israelenses estão cometendo crimes contra a humanidade, mas não estamos vendo nenhuma ação”, disse Seddon à emissora catari Al Jazeera.

“[A ONU] precisa lembrar que depois de Srebrenica [na Bósnia e Herzegovina], depois de Ruanda, esses genocídios nunca mais deveriam acontecer”, acrescentou o diretor.

Redação com Brasil de Fato

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