Anadia/AL

2 de março de 2025

Anadia/AL, 2 de março de 2025

Bloco de Carnaval termina em confusão em Juiz de Fora (MG); PM é criticada

Polícia diz que ônibus foi apedrejado e que agiu para controlar tumulto; Ministério dos Direitos Humanos fala em ação desproporcional

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 2 de março de 2025

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Reprodução/@ppaula.duarte no Instagram

Um bloco de Carnaval terminou em confusão com a PM( Polícia Militar) na noite deste sábado (1º) na cidade mineira de Juiz de Fora (a cerca de 260 km de Belo Horizonte).

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra pessoas deitadas no chão, enquanto outras em pé abanam camisetas. Participantes do bloco criticam o uso de spray de pimenta e condenam a suposta truculência da polícia. Uma pessoa aparece nas imagens com a cabeça ensanguentada.

“A gente estava no Bloco da Benemérita, que é um grande bloco principalmente de pessoas negras, LGBTs, e a polícia dispersou o bloco com spray de pimenta, bomba. Tinha muita criança no palco. Foi todo mundo afetado pelo spray de pimenta”, afirma uma mulher no vídeo.

“Eu estava com a câmera, eles me chutaram. É sempre por baixo, né? Tudo onde a câmera não pega”, acrescenta.

Na mesma gravação, ela relata que duas pessoas trans organizadoras do bloco foram presas. “O encontro da PM começou cedo, quando a gente gritou contra o [ex-presidente Jair] Bolsonaro”, afirma.

Após a repercussão do caso, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania condenou em nota a ação da polícia. A pasta disse que sua ouvidoria foi acionada para acompanhar as investigações e apurar possíveis abusos.

“As cenas de crianças, mulheres e jovens machucados e deitados no chão demonstram a ação desproporcional da Polícia Militar de Minas Gerais em Juiz de Fora”, afirmou. “Os organizadores, que são pessoas trans, foram algemados e presos dentro do camarim”, acrescentou.

Por telefone, a Sala de Imprensa da Polícia Militar de Minas Gerais  disse que a ocorrência envolveu desacato, resistência e desobediência e incitação e promoção da violência. Três pessoas foram conduzidas para a delegacia, segundo a PM.

A polícia afirmou que o evento virou um baile funk com venda de bebidas alcoólicas para menores de idade e que um ônibus foi apedrejado.

A PM também disse que foi alertada por frequentadores sobre um grupo que estaria causando transtornos perto do palco. O relato teria indicado que uma pessoa estaria armada.

Segundo a polícia, os agentes resolveram intervir para resolver a situação, mas houve resposta com tentativa de agressões por uma parte do público, o que teria forçado o uso de spray de pimenta e bastões (cassetetes).

A PM ainda afirma que uma organizadora do bloco incitou a violência contra os policiais, que teriam virado alvos de garrafas, latas e outros objetos.

Em nota, a Prefeitura de Juiz de Fora criticou o que chamou de “uso desnecessário de violência” no policiamento da praça Antônio Carlos, faltando dez minutos para o encerramento da atividade de Carnaval.

“Foliões e suas famílias (inclusive crianças) foram vítimas do uso de gás de pimenta e de violência desproporcional, o que levou inclusive muitas pessoas a procurarem os serviços de saúde”, disse a administração municipal, comandada pela prefeita Margarida Salomão (PT).

“Contamos com as forças de segurança pública para promover a paz social e garantir que todos os eventos programados de forma conjunta com a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros possam ter continuidade, com tranquilidade e alegria, como é direito da população”, acrescentou.

Folha.Uol

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