Anadia/AL

19 de outubro de 2024

Anadia/AL, 19 de outubro de 2024

Bolsonarista que matou petista em festa no Paraná vai a júri nesta quinta

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 4 de abril de 2024

vv2

Imagem: Reprodução

Começa nesta quinta-feira (04), no Tribunal de Justiça do Paraná, o júri popular do ex-policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, acusado de matar a tiros o guarda municipal Marcelo Arruda, que comemorava seu aniversário de 50 anos em Foz do Iguaçu com uma festa cujo tema fazia alusão direta a Lula e ao PT – partido ao qual era filiado e atuava como tesoureiro. O crime ocorreu em julho de 2022, três meses antes das eleições. Jorge era apoiador declarado do então presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, o que teria sido o estopim para a desavença.

Inicialmente, o julgamento estava previsto para 7 de dezembro de 2023, mas foi adiado. Na época. Guaranho foi denunciado por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum. Dez testemunhas irão participar do júri. Cinco delas foram chamadas pela defesa de Guaranho e as outras cinco pelo MP. A pena pelo assassinato pode chegar a 30 anos de prisão.

O ex-policial aguardava o julgamento desde dezembro de 2022, quando a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual e Jorge se tornou réu pelo assassinato. Ele foi preso logo após receber alta do hospital, onde ficou internado após também ter sido baleado. Para os promotores, o caso teve motivação política. No entanto, a defesa nega o teor político do caso e defende que o réu agiu em legítima defesa.

Relembre

Ambos não tinham relação, e Jorge sequer havia sido convidado para a festa realizada em uma área reservada na Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, como apontaram testemunhas ouvidas na época. Segundo as investigações, o ex-policial passou de carro em frente ao local do evento dizendo “aqui é Bolsonaro” e “Lula ladrão”. Guaranho e Arruda discutiram e, mais tarde, o réu voltou ao salão de festas e atirou contra o ex-tesoureiro do PT no meio da confraternização.

Mesmo ferido, Marcelo Arruda ainda atirou contra Jorge Guaranho, que chegou a ficar internado, mas depois que teve alta foi encaminhado para um presídio.

Neste ano, em fevereiro, a Advocacia-Geral da União (AGU) chegou a um acordo para pagar uma indenização de R$ 1,7 milhão à companheira e aos quatro filhos de Arruda. No mês seguinte, o Ministério da Justiça concluiu pela demissão de Jorge Guaranho do serviço público.

Vídeo: Uol/ Youtube

*Redação com Itatiaia

Galeria de Imagens