Por: Beto Ribeiro
O Brasil inicia 2025 com 2.722 aeronaves agrícolas em operação, registrando um crescimento de 7,21% em comparação ao ano anterior. Essa frota inclui 2.088 aviões, que representam 77% do total, e 634 helicópteros, equivalentes a 23%. O país permanece na segunda posição mundial em número de aeronaves agrícolas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e superando nações como Canadá e Argentina.
Segundo Gabriel Colle, diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), esse aumento reflete o dinamismo do setor no país. “Mas é uma tendência que ainda precisamos conhecer melhor”, observa Colle sobre as inovações tecnológicas que vêm transformando a aviação agrícola.
No ranking estadual, Mato Grosso lidera com 749 aviões agrícolas, seguido pelo Rio Grande do Sul, que soma 385 aeronaves. São Paulo, com 320 unidades, Goiás, com 307, e Bahia, com 173, completam a lista dos principais estados com frota expressiva. Além disso, cerca de metade das aeronaves pertence a produtores rurais ou cooperativas (TPP), enquanto as empresas aeroagrícolas (SAE) administram aproximadamente dois terços desses equipamentos.
Embraer
O Brasil também se destaca na fabricação nacional de aeronaves agrícolas. Mais da metade da frota vem de modelos produzidos internamente, com ênfase no Ipanema, da Embraer. Desde 2004, o país tem apostado em aviões movidos a biocombustível, que hoje representam cerca de um terço da frota nacional. Ao mesmo tempo, cresce o uso de aviões turboélice importados dos Estados Unidos, considerados mais potentes e eficientes.
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As inovações tecnológicas seguem ganhando espaço no setor. O Sindag planeja realizar nos próximos meses um levantamento detalhado sobre os drones não tripulados e aeronaves autônomas em operação no Brasil.
Segundo Colle, os dados oficiais do Ministério da Agricultura e da Anac não refletem portanto totalmente a realidade do mercado. “Há uma estimativa significativa de mais drones em uso real do que aqueles registrados oficialmente”, destaca. Para aprimorar esse mapeamento, o sindicato pretende cruzar informações de importações obtidas via Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).
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