🇧🇷 Por Victor Fernando
Uma audiência pública realizada nesta terça-feira (20) em Palmeira dos Índios expôs o descontentamento generalizado da população com a qualidade do serviço de energia elétrica prestado pela Equatorial. O evento, que contou com a presença de diversos representantes da sociedade e autoridades locais, revelou um quadro preocupante de falhas no fornecimento e no atendimento ao consumidor.
A reunião, que ocorreu na Câmara de Vereadores, foi marcada por relatos de cidadãos que enfrentam dificuldades constantes com o fornecimento de energia. Um dos exemplos mais contundentes foi o de Edvaldo Pereira, morador do bairro São Luiz, que compartilhou a experiência de ficar 48 horas sem energia devido a um problema relacionado a um adaptador. “Não é possível que, em pleno século XXI, nossa cidade continue a sofrer com situações tão básicas como esta. Ficar 48 horas sem energia é um transtorno imenso para qualquer família”, afirmou Edvaldo, destacando ainda a ausência de um ponto de atendimento da Equatorial na cidade. “Como se não bastassem as interrupções, ainda precisamos sair de Palmeira dos Índios para resolver um problema simples”, completou.
Os vereadores presentes na audiência pública expressaram seu apoio às queixas da população e cobraram soluções urgentes da concessionária. “É preciso que a Equatorial tenha um compromisso real de resolver os problemas. Estamos aqui para cobrar uma postura mais efetiva da empresa”, declarou o vereador Geraldinho Ribeiro.
O gerente de relacionamento da Equatorial, Paulo Guimarães, presente na audiência, tentou tranquilizar os presentes, afirmando que a empresa está comprometida em “tentar sanar” as reclamações. No entanto, a resposta foi considerada vaga e sem compromissos claros, o que gerou insatisfação. “Recebemos respostas, mas são respostas vagas, sem prazo definido. Precisamos de ações concretas”, afirmou Madson Monteiro, vereador e presidente da Comissão de Defesa do Consumidor.
“Queremos ver resultados!! O que vocês da Equatorial estão falando que vão fazer é o que queremos ver na prática”, disse Gileninho Sampaio.
O debate evidenciou que as falhas no fornecimento de energia e o atendimento ineficiente são problemas crônicos na cidade, afetando a vida cotidiana dos moradores, especialmente em bairros mais afastados. Além disso, a falta de uma central de atendimento local dificulta a resolução rápida de problemas urgentes, como o que ocorreu no bairro São Luiz.
Em um esforço para buscar soluções, o vereador Madson Monteiro sugeriu a formação de um grupo de trabalho composto por representantes da Câmara, da Equatorial e da sociedade civil. “A participação da população é fundamental. O Legislativo e os cidadãos vão continuar acompanhando de perto. No dia 26 de fevereiro, teremos um novo encontro com a Equatorial para saber o que foi resolvido. Caso as melhorias não sejam implementadas, medidas mais drásticas serão tomadas”, anunciou.
O evento também sinalizou que a Câmara de Vereadores não hesitará em adotar novas medidas, como a criação de uma comissão especial para monitorar a situação, a realização de novas audiências públicas e até a possibilidade de enviar representações aos órgãos de defesa do consumidor.
A audiência pública foi um reflexo da crescente insatisfação da população de Palmeira dos Índios com a concessionária de energia elétrica e mostrou a força da mobilização popular na cobrança por soluções. A Câmara, que tem atuado como intermediária entre a população e a empresa, se comprometeu a continuar a luta para garantir que os direitos dos cidadãos sejam respeitados e que o fornecimento de energia seja realizado de forma eficiente e sem interrupções.
A cidade de Palmeira dos Índios, com um número crescente de queixas e mobilizações, aguarda agora respostas mais concretas da Equatorial, que têm o poder de resolver uma situação que afeta diretamente a qualidade de vida de seus habitantes.