Anadia/AL

31 de agosto de 2025

Anadia/AL, 31 de agosto de 2025

“Capa da Economist revela que Bolsonaro não interessa mais ao imperialismo”, diz José Arbex Jr.

Em entrevista ao programa Forças do Brasil, analista afirma que a revista britânica busca “outro representante” para os interesses externos no País.

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 31 de agosto de 2025

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Capa da revista The Economist (Foto: Reprodução)

O jornalista, professor e analista geopolítico José Arbex Júnior afirmou que a capa da Economist sobre o Brasil indica que “o Bolsonaro deixou de ser útil pro imperialismo”. A declaração foi feita neste sábado (30.ago.2025), no Forças do Brasil, ao vivo, na TV 247.

Logo no início, Arbex contextualizou a linha editorial da revista: “A Economist, ela sempre foi porta-voz do imperialismo britânico, é uma porta-voz liberal do imperialismo”. Para ele, a manchete apontaria menos para um “elogio” ao Brasil e mais para um reposicionamento de interesses: “O imperialismo está em busca de outros representantes de seus interesses aqui no Brasil”.

Disputa por herdeiros da extrema direita

Segundo Arbex, a família Bolsonaro “deixou de ser uma figura necessária” para a agenda externa e abriu-se uma disputa interna na direita por uma nova liderança: “Tarcísio está se candidatando, o Caiado está se candidatando”. A seu ver, a capa sugere “os caras estão se matando dentro da máfia” para tentar construir um nome competitivo contra o presidente Lula em 2026.

Donald Trump e o risco de escalada social nos EUA

Ao tratar do cenário norte-americano, Arbex reforçou que Donald Trump é o presidente dos Estados Unidos e segue central na arquitetura de poder: “O Trump continua sendo hoje o representante chefe do império. É ele”. Na avaliação do analista, porém, o país vive um quadro de tensão econômica e social que pode se agravar: “Esse cara vai levar os Estados Unidos para guerra civil”.

Arbex descreveu ainda uma base social irritada e um establishment que “espera para ver”, mencionando cidades tumultuadas, críticas ao financiamento de guerras e o avanço de candidaturas fora do eixo tradicional em grandes centros urbanos.

América do Sul no tabuleiro

Para o entrevistado, o enfraquecimento da hegemonia ocidental em outras regiões empurra o foco para a América do Sul — e especialmente para o Brasil, “joia da coroa” em recursos estratégicos e ator-chave dos Brics. Nesse contexto, ele alerta para pressões externas e para o uso de “quintas-colunas” internas, reiterando que o País deve redobrar a atenção sobre tentativas de tutela estrangeira.

Arbex sinaliza que a leitura da Economist não deve ser celebrada ingenuamente: “Nós temos que tomar cuidado com ficar louvando muito o que saiu na Economist, porque continua sendo um porta-voz do imperialismo”. Na sua interpretação, a capa não absolve Bolsonaro; apenas marca o esgotamento de sua utilidade para um projeto maior e abre a busca por um substituto alinhado.

Redação com Brasil 247

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