O jornalista, professor e analista geopolítico José Arbex Júnior afirmou que a capa da Economist sobre o Brasil indica que “o Bolsonaro deixou de ser útil pro imperialismo”. A declaração foi feita neste sábado (30.ago.2025), no Forças do Brasil, ao vivo, na TV 247.
Logo no início, Arbex contextualizou a linha editorial da revista: “A Economist, ela sempre foi porta-voz do imperialismo britânico, é uma porta-voz liberal do imperialismo”. Para ele, a manchete apontaria menos para um “elogio” ao Brasil e mais para um reposicionamento de interesses: “O imperialismo está em busca de outros representantes de seus interesses aqui no Brasil”.
Disputa por herdeiros da extrema direita
Segundo Arbex, a família Bolsonaro “deixou de ser uma figura necessária” para a agenda externa e abriu-se uma disputa interna na direita por uma nova liderança: “Tarcísio está se candidatando, o Caiado está se candidatando”. A seu ver, a capa sugere “os caras estão se matando dentro da máfia” para tentar construir um nome competitivo contra o presidente Lula em 2026.
Donald Trump e o risco de escalada social nos EUA
Ao tratar do cenário norte-americano, Arbex reforçou que Donald Trump é o presidente dos Estados Unidos e segue central na arquitetura de poder: “O Trump continua sendo hoje o representante chefe do império. É ele”. Na avaliação do analista, porém, o país vive um quadro de tensão econômica e social que pode se agravar: “Esse cara vai levar os Estados Unidos para guerra civil”.
América do Sul no tabuleiro
Para o entrevistado, o enfraquecimento da hegemonia ocidental em outras regiões empurra o foco para a América do Sul — e especialmente para o Brasil, “joia da coroa” em recursos estratégicos e ator-chave dos Brics. Nesse contexto, ele alerta para pressões externas e para o uso de “quintas-colunas” internas, reiterando que o País deve redobrar a atenção sobre tentativas de tutela estrangeira.
Arbex sinaliza que a leitura da Economist não deve ser celebrada ingenuamente: “Nós temos que tomar cuidado com ficar louvando muito o que saiu na Economist, porque continua sendo um porta-voz do imperialismo”. Na sua interpretação, a capa não absolve Bolsonaro; apenas marca o esgotamento de sua utilidade para um projeto maior e abre a busca por um substituto alinhado.
Redação com Brasil 247
PUBLICDADE
✨ Mantenha-se Informado(a).
✨ Curta & Compartilhe 👁️🗨️