Segundo o deputado Lee Seong-kweun, cerca de dois mil soldados norte-coreanos feridos foram repatriados entre janeiro e março deste ano por vias aéreas e férreas. O parlamentar sul-coreano também indicou que eles estariam “isolados” em Pyongyang e em outras localidades da Coreia do Norte. Quanto aos mortos, os corpos teriam sido incinerados na Rússia e as cinzas retornadas ao país natal.
“A Coreia do Norte ajudou na retomada de Kursk pela Rússia, mobilizando 18 mil soldados em duas fases”, afirmou Lee Seong-kweun à imprensa sul-coreana, ressaltando que os combates diminuíram desde que a região russa voltou ao controle de Moscou. Segundo ele, “possibilidade de uma terceira fase não pode ser completamente descartada”.
Até o momento, a Coreia do Norte não deu nenhum sinal sobre um novo envio de soldados para atuar pela Rússia na guerra contra a Ucrânia.
Capacidade de combate aprimorada
“Seis meses após a entrada das forças norte-coreanas na guerra, acreditamos que sua capacidade de combate melhorou consideravelmente”, reiterou Lee Seong-kweun. Segundo o deputado, a inexperiência inicial dos combatentes da Coreia do Norte diminuiu e eles desenvolveram competências no uso de novos sistemas de armas, inclusive em drones”, completou.
“No entanto, devido à extensão do tempo de combate, casos de más condutas dentro das forças norte-coreanas foram registrados”, apontou Lee Seong-kweun. Como exemplo de mau comportamento, o parlamentar citou o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e roubos.
Segundo Seul, os soldados enviados a Kursk integram as forças especiais da Coreia do Norte. Eles teriam recebido ordens de se suicidar em caso de captura pelo exército ucraniano.
Participação de Pyongyang no conflito
No último sábado (26), Pyongyang reconheceu a presença de um contingente norte-coreano na Rússia. Um dia depois, o presidente russo, Vladimir Putin, agradeceu ao aliado e aos militares que “participaram ativamente” dos combates na região de Kursk e “defenderam nossa pátria como se fosse deles”. Essa foi a primeira vez que as duas nações se pronunciaram publicamente sobre a questão.
Há meses vários países ocidentais, Seul e Kiev denunciam a implicação da Coreia do Norte na guerra na Ucrânia, temendo que o conflito se torne mundial. Moscou e Pyongyang assinaram em junho de 2024 um acordo de parceria estratégica que prevê apoio militar mútuo em caso de ataques à Rússia e à Coreia do Norte.
Fonte: RFI
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