🔰 Por Igor Mello
Com o indiciamento de Carlos Bolsonaro (PL-RJ), vereador do Rio de Janeiro, no inqúerito da “Abin Paralela”, três dos quatro filhos de Jair Bolsonaro (PL) com atuação política estão na mira da Justiça. O único que ainda não enfrentou nenhum indiciamento é o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho 03 do ex-presidente.
Contudo, isso pode mudar em breve. No dia 26 de maio, Eduardo Bolsonaro tornou-se alvo de um inquérito pela suspeita de ter cometido os crimes de obstrução da Justiça, coação no curso do processo de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A investigação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
🔰 Eduardo Bolsonaro é investigado
Segundo a PF, Eduardo pode ter cometido os crimes ao atuar ostensivamente junto a autoridades dos Estados Unidos para obter sanções do governo americano contra Moraes e outras autoridades envolvidas no processo contra Bolsonaro e seus aliados pela tentativa de golpe de Estado em 2022.
Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde março, quando anunciou que se afastaria do mandato de deputado federal. O parlamentar vem fazendo seguidas alegações, em vídeos nas redes sociais e entrevistas para veículos da extrema direita, de que teve que deixar o Brasil por ser perseguido pelo Judiciário. Contudo, o filho 03 de Bolsonaro não era alvo de nenhum inquérito no STF àquela altura.
Ele também vem se engajando junto a parlamentares republicanos e membros do gabinete do presidente Donald Trump para conseguir sanções contra Moraes e membros da Polícia Federal que investigaram Bolsonaro. Em diversas oportunidades, ele já deixou claro que o plano era obter sanções similares às aplicadas contra membros do TPI (Tribunal Penal Internacional) que expediram um mandado de prisão contra Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, e outros membros de alto escalão do país do Oriente Médio.
🔰 Flávio e Jair Renan também enfrentam problemas
O primeiro membro da família Bolsonaro a se enrolar com a Justiça foi o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Ele foi o pivô do escândalo da rachadinha na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) e chegou a ser denunciado pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) em 2020 por organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato.
O senador obteve vitórias na Justiça e viu o caso regredir. Flávio conseguiu anular as quebras de sigilo bancário obtidas pelo Ministério Público. Após a decisão, o TJ-RJ rejeitou a denúncia contra ele. A investigação sobre o esquema da rachadinha segue em curso, apesar da demora do MP de tomar novas providências.
Jair Renan Bolsonaro (PL-SC), vereador em Balneário Camboriú (SC), se tornou réu pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso na Justiça do Distrito Federal.
Segundo as investigações, Jair Renan teria utilizado um documento com informações falsas para obter um empréstimo bancáro para sua empresa de eventos, tendo dado calote na dívida em sequência.
Apesar de Jair Renan negar envolvimento no caso, a investigação obteve provas de que o vereador usou o aplicativo do banco para obter o empréstimo, tendo registrado inclusive reconhecimento facial para homologar a transação.
🔰 Redação com Coluna Juliana Dal Piva – ICL Notícias
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