🇧🇷 Ricardo Mota
Foi no mesmo de maio do ano passado, dia 17, que o STF iniciou o julgamento do ex-presidente Fernando Collor, acusado de corrupção em um esquema que teria desviado recursos de uma subsidiária da Petrobras.
No finalzinho daquele mês os ministros concluíram o julgamento e estabeleceram a sentença de 8 anos e 10 meses de prisão em regime fechado para o político alagoano (nascido no Rio de Janeiro).
A Ação que teve o ministro Fachin como relator veio no rastro da Lava-Jato, aquela que terminou levando o presidente Lula à cadeia. Depois, bem vimos, ficou claro que este era o grande objetivo do hoje senador Moro, que comandou a trama.
Dois pontos a se destacar: Collor foi o único alagoano que se deu mal no julgamento do Supremo, que foi derrubando as acusações em série contra Renan Calheiros e Arthur Lira, citando apenas os dois políticos alagoanos mais notórios.
Imagino que o comportamento insular do ex-presidente tenha contribuído decisivamente para esse desfecho. Claro: com uma forte pitada de soberba, traço da personalidade política do personagem.
Segundo ponto: os recursos, ainda em andamento, apresentados pela defesa de Collor têm levado par um futuro incerto a possibilidade do cumprimento da pena.
Se justa ou injusta, quem haverá de dizer é o próprio STF, mas imagino que o ex-presidente já deve ter se perguntado inúmeras vezes:
– Só eu?!
Redação com Cada Minuto