Anadia/AL

23 de outubro de 2025

Anadia/AL, 23 de outubro de 2025

CPMI do INSS: deputado desmente fake news sobre “parentesco” de depoente com Gleisi Hoffmann

Relator fez indagação sobre "parentesco" que não foi respondida por Thaísa Hoffmann. Rapidamente, bolsonaristas foram às redes mentir em publicações dizendo que ela seria parente da ministra de Lula.

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 23 de outubro de 2025

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O relator da CPMI do INSS, Alfredo Gaspar, durante depoimento de Thaísa Hoffmann - Créditos: Andressa Anholete/Agência Senado

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) desmentiu uma fake News criada pelas redes de ódio bolsonaristas a partir de uma insinuação do relator da CPMI do INSS, Alfredo Gaspar (União-AL) durante depoimento da médica Thaisa Hoffmann na sessão da comissão desta quinta-feira (23).

“Foi feito aqui um questionamento sobre a senhora Thaísa Hoffmann, perguntando a ela se ela tem alguma relação de parentesco com alguém do mundo da política, porque ela é do Paraná, evidente que isso foi uma insinuação de que ela poderia ter algum tipo de relação de parentesco ou de proximidade com a ministra Gleisi Hoffman.

Eu liguei para ministra e quero aqui dizer que a ministra Gleisi Hoffman não conhece a senhora Taísa, não tem relação de parentesco, desconhece qualquer vínculo que possa existir e, portanto, refuta qualquer insinuação dessa natureza. Acredito, inclusive, que a senhora Thaísa poderia ter respondido essa pergunta. O fato de ela não responder isso gera também esse tipo de insinuação, esse tipo de especulação maldosa”, esclareceu Pimenta.

Vice-líder do PT na Câmara, Rogério Correia denunciou a estratégia de criação da fake news na CPMI e em publicação nas redes.

“É o tipo de pergunta que revela mais sobre o relator do que sobre a depoente. Mostra que ele tem lado, e que o objetivo ali não é buscar a verdade, mas desgastar o governo Lula”, escreveu, sobre Gaspar.

Thaísa é esposa do ex-procurador-geral do INSS Virgílio de Oliveira Filho, que foi nomeado para o cargo pela primeira vez em 2020, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), permanecendo no cargo até 2022. Oliveira Filho voltou à procuradoria em 2023, mas foi afastado pelo governo Lula.

O casal passou a ser investigado após obter um aumento patrimonial de R$ 18,3 milhões em decorrência da chamada “farra do INSS”. Segundo as investigações, ele teria incorporado ao patrimônio da família um Porsche de um lobista, transferido para o nome de sua esposa.

Durante o depoimento de Thaísa, que é paranaense e usou o direito de não responder às perguntas, o relator – que faz parte da bancada bolsonarista – indagou a médica se “seu sobrenome Hoffmann tem algum parentesco com algum político de seu Estado ou nacional”.

A médica não respondeu à indagação. Rapidamente, a horda bolsonarista foi para as redes e criou a mentira sobre “parentesco” com a ministra de Relações Institucionais Gleisi Hoffmann, que foi logo propagada.

“Isso é um escárnio com aposentados e pensionistas! Por que Thaisa HOFFMAN se nega a responder se é parente de algum político no Paraná? Ela é sua parente, Gleisi?, publicou o deputado estadual bolsonarista Gil Diniz (PL-SP).

“A cena fala por si: a advogada interrompe a sessão só pra evitar que a suspeita diga se é da família de Gleisi Hoffmann”, emendou o deputado federal Evair de Melo (PP-ES).

Redação com Revista Fórum

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