
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) desmentiu uma fake News criada pelas redes de ódio bolsonaristas a partir de uma insinuação do relator da CPMI do INSS, Alfredo Gaspar (União-AL) durante depoimento da médica Thaisa Hoffmann na sessão da comissão desta quinta-feira (23).
“Foi feito aqui um questionamento sobre a senhora Thaísa Hoffmann, perguntando a ela se ela tem alguma relação de parentesco com alguém do mundo da política, porque ela é do Paraná, evidente que isso foi uma insinuação de que ela poderia ter algum tipo de relação de parentesco ou de proximidade com a ministra Gleisi Hoffman.
Eu liguei para ministra e quero aqui dizer que a ministra Gleisi Hoffman não conhece a senhora Taísa, não tem relação de parentesco, desconhece qualquer vínculo que possa existir e, portanto, refuta qualquer insinuação dessa natureza. Acredito, inclusive, que a senhora Thaísa poderia ter respondido essa pergunta. O fato de ela não responder isso gera também esse tipo de insinuação, esse tipo de especulação maldosa”, esclareceu Pimenta.
Vice-líder do PT na Câmara, Rogério Correia denunciou a estratégia de criação da fake news na CPMI e em publicação nas redes.
“É o tipo de pergunta que revela mais sobre o relator do que sobre a depoente. Mostra que ele tem lado, e que o objetivo ali não é buscar a verdade, mas desgastar o governo Lula”, escreveu, sobre Gaspar.
Thaísa é esposa do ex-procurador-geral do INSS Virgílio de Oliveira Filho, que foi nomeado para o cargo pela primeira vez em 2020, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), permanecendo no cargo até 2022. Oliveira Filho voltou à procuradoria em 2023, mas foi afastado pelo governo Lula.
O casal passou a ser investigado após obter um aumento patrimonial de R$ 18,3 milhões em decorrência da chamada “farra do INSS”. Segundo as investigações, ele teria incorporado ao patrimônio da família um Porsche de um lobista, transferido para o nome de sua esposa.
Durante o depoimento de Thaísa, que é paranaense e usou o direito de não responder às perguntas, o relator – que faz parte da bancada bolsonarista – indagou a médica se “seu sobrenome Hoffmann tem algum parentesco com algum político de seu Estado ou nacional”.
A médica não respondeu à indagação. Rapidamente, a horda bolsonarista foi para as redes e criou a mentira sobre “parentesco” com a ministra de Relações Institucionais Gleisi Hoffmann, que foi logo propagada.
“Isso é um escárnio com aposentados e pensionistas! Por que Thaisa HOFFMAN se nega a responder se é parente de algum político no Paraná? Ela é sua parente, Gleisi?, publicou o deputado estadual bolsonarista Gil Diniz (PL-SP).
“A cena fala por si: a advogada interrompe a sessão só pra evitar que a suspeita diga se é da família de Gleisi Hoffmann”, emendou o deputado federal Evair de Melo (PP-ES).
Redação com Revista Fórum


















