Anadia/AL

31 de agosto de 2025

Anadia/AL, 31 de agosto de 2025

Da A para D: saiba como o CSA foi do céu ao inferno em uma década

Azulão foi o primeiro time a conquistar três acessos nacionais consecutivos, mas crise política marcou derrocada para a Quarta Divisão.

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 31 de agosto de 2025

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Derrota para o Itabaiana pesou no rebaixamento do CSA - Foto: Allan Max/ASCOM CSA

O CSA foi da euforia ao caos em nove anos. Rebaixado para a Quarta Divisão nesse sábado, o time teve uma trajetória impressionante na última década. Para se ter ideia, em 2016, os azulinos estavam na Série D do Campeonato Brasileiro e iniciaram uma arrancada.

O CSA garantiu vaga na Série C com um vice-campeonato, foi campeão da Terceira Divisão em 2017 em cima do Fortaleza e subiu para a Série A logo no primeiro ano de Série B, sendo vice-campeão brasileiro.

Em 2019, o CSA disputou a elite contra os gigantes do futebol nacional e deu trabalho. Quem não lembra a história do “Fala, Zezé”, quando Thiago Neves deu uma menosprezada no time alagoano e acabou sendo derrotado no Mineirão? Pois é.

Mesmo resistindo, o CSA foi rebaixado para a Série B naquele ano e continuou tendo na presidência Rafael Tenório, que havia iniciado o projeto no fim de 2015.

Em 2020, o time quase voltou para a elite do futebol brasileiro. Fez 58 pontos na Série B e terminou em quinto lugar, três a menos que o Cuiabá, o último classificado do G-4.

Em 2021, o CSA chegou a estar classificado para a Série A por alguns minutos, mas o Avaí venceu o Sampaio Corrêa e ficou com a quarta vaga.

O time alagoano, mais uma vez, foi o quinto colocado, com 62 pontos. No fim daquele ano, Rafael encerrou o mandato e elegeu Omar Coelho presidente, como candidato da situação.

Crise política

Em 2022, houve um choque de forças entre Rafael e Omar e começou a derrocada do clube. O CSA foi rebaixado para a Série C e entrou numa crise profunda. Com muitas dívidas, teve ainda graves problemas políticos, que culminaram com a renúncia de Omar.

Em 2023, Rafael Tenório voltou a ser presidente do clube, e o CSA ficou no meio da tabela da Série C, terminando a competição em 12º lugar, com 22 pontos. As dívidas, porém, fizeram o clube pedir em julho a recuperação judicial.

No ano seguinte, a crise se aprofundou, o time fez um péssimo primeiro trimestre e Rafael renunciou no dia 14 de março. Mirian Monte foi empossada no dia 18.

Com orçamento limitado, o time correu sério risco de rebaixamento, mas escapou no fim da Série C, terminando o campeonato em 10º lugar, com 25 pontos.

Time desmorona em agosto

Em 2025, o CSA parecia ter se acertado. Foi eliminado pelo ASA na semifinal do Alagoano, vá lá, mas a boa campanha na Copa do Nordeste animou a torcida. A equipe saiu da fase preliminar e chegou à semifinal.

Na Copa do Brasil, chegou às oitavas de final eliminando o Grêmio na terceira fase, vencendo por 3 a 2 no Rei Pelé e empatando sem gols em Porto Alegre. No início de agosto, o CSA estava em nono lugar na Série C, com 57,7% de chance de acesso.

Deu tudo errado no mês. O técnico Higo Magalhães foi demitido e voltou 14 dias depois para substituir Márcio Fernandes. O tranco não surtiu efeito.

O CSA perdeu cinco jogos em agosto, empatou um e venceu outro e foi eliminado na Copa do Brasil pelo Vasco, no Nordestão pelo Confiança e acabou rebaixado na Série C, com 22 pontos, após ser derrotado pelo Brusque por 2 a 0.

Redação com GE-AL

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