Por Felipe Ferreira
A ex-senadora por Alagoas, Heloísa Helena (Rede-RJ), aproveitou seu discurso de posse como deputada federal, nessa terça-feira (16), para disparar contra o presidente Lula (PT), contra o ex-presidente Bolsonaro (PT) e ainda mandou um recado para a classe política alagoana.
Heloísa Helena chega à Câmara dos Deputados após a suspensão de Glauber Braga após o parlamentar carioca ter agredido um militante do Movimento Brasil Livre (MBL). A alagoana fica no cargo por seis meses, tempo que dura a punição à Braga.
Em seu primeiro discurso, Heloísa Helena afastou qualquer possibilidade de aliança com o governo federal. Ex-petista, a deputada federal rompeu com Lula por não compactuar com o rumo de seu governo à época.
“Lutarei sem conciliação com o atual governo federal em qualquer traição de classe, no entreguismo de terras raras, na privatização de rios e de outros setores estratégicos. Estarei aqui sem abrir uma única concessão a quem concilia com o capital, enchendo a pança dos poderosos e do capital financeiro às custas da imensa dor do povo brasileiro”, disse a alagoana.
Ainda no plenário, a deputada criticou a polarização política que vive o Brasil e comparou a gestão de Bolsonaro a um soldado covarde.
“Aqui lutarei como sempre lutei: sem ceder e sem me ajoelhar a nenhuma idolatria política esteja ela onde estiver. O governo federal passado agiu, infelizmente, como um soldado covarde e sem honra deixando seu povo ferido para trás com mais de 700 mil óbitos. Preferiu o tom jocoso, frio e ridículo antes da responsabilidade presidencial. Não se comoveu com a imensa dor e ainda ousou tentar um golpe de Estado”, declarou Helena.
A parlamentar também reservou um momento de seu discurso para comentar sobre suas últimas tentativas eleitorais fracassadas. Para Helena, a união da esquerda com setores da política alagoana foram responsáveis por suas derrotas.
“Fui derrotada eleitoralmente diversas vezes pelos podres conluios palacianos entre setores de esquerda e a cínica oligarquia alagoana. Na verdade, se merecem. Vergonha eu teria se tivesse me vendido, e mesmo agora e muito tempo sem mandato, feito náufrago no maremoto, mas sem jamais assinar a rendição vergonhosa da covardia”, disse a deputada.
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