Quase 20 horas após o forte temporal que atingiu a cidade de São Paulo e a região metropolitana, cerca de 1,4 milhão de residências seguem sem energia elétrica, conforme informou a Enel na tarde deste sábado (12), informa O Globo. O número representa 18% dos clientes da distribuidora, que afirmou que fornecerá novas atualizações a cada duas horas. A situação é resultado de uma tempestade com ventos de até 107 km/h, o maior registro desde 1995.
O temporal de sexta-feira deixou 2,1 milhões de clientes da Enel sem luz. Nas primeiras horas de sábado, a empresa já havia restabelecido o fornecimento para 500 mil residências, e outras 650 mil recuperaram a energia ao longo do dia. No entanto, bairros da Zona Sul de São Paulo, como Santo Amaro, Jardim São Luís, Socorro, e Pinheiros, permanecem severamente afetados. Além disso, municípios da região metropolitana, como Taboão da Serra, Cotia, São Bernardo do Campo, Santo André e Diadema, ainda enfrentam graves interrupções no fornecimento de energia.
Durante uma coletiva de imprensa, o presidente da Enel São Paulo, Guilherme Lencastre, evitou prometer uma previsão concreta para o restabelecimento total da energia, afirmando que “há muitas variáveis em jogo” e que a empresa prefere não fixar um prazo para evitar “frustrações”. Lencastre explicou que o impacto das quedas de árvores e postes danificados dificulta uma rápida solução.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reagiu ao apagão comunicando que vai intimar a Enel São Paulo para “apresentar justificativas e uma proposta de adequação imediata do serviço diante das ocorrências registradas”. A Aneel também recordou que, no início deste ano, aplicou uma multa de R$165,8 milhões à distribuidora devido a interrupções anteriores no serviço, registradas entre 2022 e 2023.
Redação com Brasil 247