Lira quer ouvir os técnicos antes de levar para decisão do Parlamento. Lideranças da casa têm levantado sugestões à parte – como fez o segundo vice-presidente da mesa diretora, Sóstenes Cavalcante.
À CNN, Sóstenes defendeu a suspensão do mandato, por seis meses, de “deputados brigões”. Ao mesmo tempo, admitiu que o assunto é de difícil solução.
“É uma vergonha não punir. É só o Conselho de Ética parar de ser condescendente com erros dos parlamentares”, disse Sóstenes.
“Para mim, a discussão da semana passada é muito menor do que o tapa que o [Washington] Quaquá deu. Se nem tapa tem punição, pra quê o Conselho de Ética? Quando o Conselho aplicar ao menos suspensão de seis meses de mandato, as coisas voltarão à normalidade, na minha humilde avaliação”, disse ele, lembrando um episódio de dezembro de 2023, quando Washington Quaquá (PT-RJ) deu um tapa na cara de Messias Donato (Republicanos-ES) e chamou Nikolas Ferreira (PL-MG) de “viadinho”.
Líderes da Casa dizem que irão conversar nesta semana com Lira sobre outras sugestões. A pena mais grave, que seria a cassação do mandato, é opção quase inimaginável porque, se aplicada, poderia resultar em punições diversas e de diferentes partidos.
Na quarta-feira passada (5), os mineiros André Janones (Avante) e Nikolas Ferreira (PL) travaram duro embate no Conselho de Ética, em sessão que terminou com absolvição de Janones pela acusação de fazer rachadinha antes de assumir o mandato de deputado federal.
Em outra sala, na Comissão de Direitos Humanos, também em clima de gritaria, a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP), que tem 89 anos, precisou ser hospitalizada após passar mal.
*Redação com CNN Brasil