Por: Wendal Carmo
Deputados progressistas e bolsonaristas trocaram tapas e empurrões no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia nesta terça-feira 18. A confusão começou depois de parlamentares ligados ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) irem à tribuna para criticar o projeto de lei que equipara o aborto legal ao crime de homicídio, em tramitação na Câmara.
Proposto pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o texto prevê que a pena para a mulher que interromper a gravidez seja mais dura que aquela a ser imposta ao homem que a estuprou.
Diante da repercussão negativa, que levou milhares de manifestantes às ruas e gerou reação de entidades da sociedade civil, parlamentares defendem um recuo na análise do texto.
O tumulto na Assembleia baiana envolveu os deputados Diego Castro e Leandro de Jesus, ambos do PL. Eles se irritaram com o discurso de Olívia Santana (PCdoB), que associou o bolsonarismo ao estupro. Castro solicitou à mesa que as declarações fossem excluídas das notas taquigráficas, mas a demanda não prosperou.
Ainda assim, Castro insistiu em provocações à bancada do PT, interrompendo o discurso do deputado Robinson Almeida. Os insultos foram revidados pelos parlamentares petistas, o que agravou a briga. Nas imagens, transmitidas pela TV Assembleia, é possível ver o momento em que Marcelino Galo (PT) empurra um bolsonarista.
Seguranças e assessores tiveram de intervir na discussão e a sessão foi suspensa por 10 minutos.
Em nota, Castro afirmou que estuda acionar o colega petista que o empurrou no Conselho de Ética. Marcelino Galo, por sua vez, disse a CartaCapital não estar preocupado com a iniciativa e afirmou que se envolveu na confusão para tentar evitar agressões contra as deputadas do PT.
Veja o vídeo:
*Redação com Carta Capital