O dólar registrou uma forte alta nesta sexta-feira (1) e encerrou o dia no Brasil com a maior cotação dos últimos quatro anos e meio. A moeda americana atingiu seu segundo maior valor nominal na história, atrás apenas do patamar alcançado em maio de 2020, durante a pandemia de covid-19. A valorização reflete a busca dos investidores por proteção na divisa dos Estados Unidos em meio a um cenário de desconfiança quanto à política fiscal do governo brasileiro e preocupações com uma possível vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais americanas.
A cotação acelerou durante a tarde e chegou a superar os R$ 5,86, impulsionada por temores fiscais e novos dados da economia brasileira, além do clima de incerteza pré-eleitoral nos Estados Unidos. Mais cedo, a moeda havia recuado após a divulgação de dados do mercado de trabalho americano, mas reverteu o movimento no decorrer do dia.
No fechamento desta sexta-feira, o dólar à vista subiu 1,53%, encerrando cotado a R$ 5,8699, o maior valor de fechamento desde 13 de maio de 2020, quando a cotação havia alcançado R$ 5,9012 em meio aos efeitos da pandemia. Ao longo da semana, a moeda dos EUA acumulou uma alta de 2,86%.
Movimentos no Mercado Global
A divisa americana também se valorizou frente a outras moedas ao redor do mundo após dados que mostraram uma desaceleração significativa na criação de empregos nos Estados Unidos, atribuída em parte aos impactos de furacões e greves recentes. De acordo com o relatório do Departamento do Trabalho, foram criados 12 mil postos de trabalho em outubro, uma queda acentuada em relação aos 223 mil do mês anterior.
Apesar da desaceleração, a taxa de desemprego manteve-se em 4,1%, indicando um mercado de trabalho ainda sólido, o que ajuda a manter a perspectiva de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed) no próximo mês. Operadores de futuros que ajustam a taxa de juros do Fed precificavam uma probabilidade de 99% para esse corte em 7 de novembro, de 4,5% a 4,75%.
As eleições presidenciais americanas, marcadas para 5 de novembro, também adicionam incertezas ao mercado. O Fed deve anunciar sua próxima decisão de política monetária apenas dois dias depois da votação, intensificando o clima de expectativa sobre os rumos da economia global.
Redação com Brasil 247
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