O parlamentar do PSOL também relatou que há movimentações para blindar o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, inclusive com a tentativa de criar uma figura esdrúxula de parlamentar atuante no exterior. “Há deputados bolsonaristas querendo criar a figura do exercício de mandato fora do país, uma espécie de deputado deslocado”, disse. Alencar também mencionou iniciativas frustradas de governadores de direita para acomodar Eduardo Bolsonaro em cargos estaduais nos Estados Unidos: “Queriam criar um cargo especial para ele… Mas viram que pegaria tão mal que parece que aposentaram essa ideia também esdrúxula.”
Sobre a possibilidade real de cassação, Chico Alencar afirmou que o processo exige tramitação regular, com direito à defesa, mas considera que o ambiente na Câmara pode ter mudado desde o recesso. “Semana que vem, segunda-feira, terça-feira, nós vamos sentir o pulso do plenário”, explicou. Ele destacou como sinal relevante uma nota crítica do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) às sanções impostas pelo governo Donald Trump contra o ministro Alexandre de Moraes. “Isso me surpreendeu. Pode ser indicativo de que o clima mudou”, avaliou.
Chico Alencar reforçou que o processo precisa seguir o rito do Conselho de Ética, onde Eduardo Bolsonaro já responde a uma representação. “Cassação exige processo. Tem representação contra ele lá. Direito de defesa, ele deve fazer tudo à distância. Off, nem online, offline. Isso leva uns dois ou três meses.”
Redação com Brasil 247
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