Anadia/AL

6 de outubro de 2024

Anadia/AL, 6 de outubro de 2024

Eliza Samudio queria voltar a estudar e temia Bruno, revela documentário

“A Vítima Invisível: O Caso Eliza Samudio” estreou nesta quinta e traz registros inéditos da vítima/ 12:46 hs

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 26 de setembro de 2024

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Fotos: Reprodução

Por: Rodrigo Mendes

Há 14 anos, ocorria um dos crimes que mais chocou o Brasil: o assassinato de Eliza Samudio  pelo ex-goleiro Bruno Fernandes, então titular do Flamengo. O caso é tema de um documentário da Netflix, chamado “A Vítima Invisível: O Caso Eliza Samúdio”, disponível no streaming a partir desta quinta-feira (26). A obra narra a vida e morte da modelo a partir de amigos e familiares, contando registros inéditos deixados pela jovem.

Para realizar o documentário, a diretora Juliana Antunes teve acesso ao computador pessoal de Eliza, com trechos inéditos em que a modelo falou com amigos sobre a vontade de voltar a estudar e o medo que tinha das ameaças de Bruno. “Vou fazer supletivo a distância. Jamais vou encher o saco dele, tu sabe [sic]. Quero só paz para cuidar do meu filho e estudar… Viver minha vida sem medo. Quero terminar logo os estudos para fazer faculdade. Tomara que até lá eu já tenha resolvido as coisas com o pai do meu filho. Depende da Justiça”, declarou a modelo em trecho obtido pela produção.

A obra também detalhará os últimos momentos de vida de Eliza, que teve um filho com Bruno. Após toda a gestação conturbada, o atleta atraiu a jovem com a promessa de um apartamento e pensão alimentícia. Meses depois, a jovem de 25 anos foi vítima de cárcere privado, estrangulamento e esquartejamento em julho de 2010, crime que ocasionou a prisão do atleta e de mais seis pessoas.

“A Vítima Invisível”

O documentário também trará uma reflexão sobre o tratamento dado a Eliza pela mídia, enfatizando sobre Bruno e pouco sobre ela. Durante a repercussão do crime, a modelo recebeu acusações machistas, com uma narrativa que ela teria engravidado do jogador por ser “maria-chuteira”.

O termo “vítima invisível” foi citado pela advogada da mãe de Eliza, ao relatar que a filha pediu ajuda da Justiça, mas não foi escutada. Atualmente, Bruno cumpre pena em liberdade condicional e atua no União do Bom Destino, clube de futebol de várzea do Espírito Santo.

Redação com GP1

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